“Surgiram registros fotográficos em mais nove estados: Acre, Amazonas, Pará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais”.
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) encontraram uma espécie de caracol indiano em 11 estados brasileiros nas duas últimas semanas. Além de impactos para hortas e jardins, os estudiosos conseguiram confirmar a possibilidade desses indivíduos serem vetores de Angiostrongylus spp, o verme causador da angiostrongilíase e meningite eosinofilica em animais e humanos.
A coordenadora da pesquisa e mestre em biodiversidade Larissa Teixeira, de 25 anos, informou que após a divulgação do surgimento da espécie no Brasil, diversas pessoas entraram em contato com ela para alertar sobre o encontro do caracol, da espécie Macrochlamys. Até então, só havia registro em Cubatão e Santos, no litoral de São Paulo, e em Maringá e Matinhos, no Paraná.
“Surgiram registros fotográficos em mais nove estados: Acre, Amazonas, Pará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais”, ressalta Larissa, ao portal G1.
Do tamanho de uma moeda de R$ 1, esse caracol tem hábitos noturnos, e se diferencia de outras espécies pela concha achatada e um chifre no final do pé dele. A espécie invasora pode ter vindo da Índia com plantas e floricultura, e pode competir com a fauna local, ocupando o espaço de espécies nativas e, também, causando danos à agricultura por falta de predadores.
“O protocolo de combate é essencial, uma vez que ele têm se mostrado de difícil contenção e resistente a boa parte dos métodos comuns. Estamos estudando algo que não faça mal ao solo, jardins e fauna nativa, e que seja de fácil execução”, finaliza a pesquisadora.