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Após quase um ano, policial penal que matou companheira no AC aguarda decisão sobre pedido de novo júri

O policial penal Quenison Silva de Souza aguarda decisão sobre o pedido de anulação do julgamento que o condenou a 25 anos e 11 meses de prisão pela morte da companheira, Erlane Cristina de Matos.
Erlane foi morta com um tiro na cabeça em março deste ano na casa do casal, no bairro Estação Experimental, na capital. O casal brigou depois de chegar da casa de um amigo. O policial foi condenado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e por feminicídio.
Conforme o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), o processo estava na pauta desta quinta-feira (2) para ser julgado pela Câmara Criminal, mas foi retirado a pedido do próprio advogado de Souza. Agora, o julgamento da apelação foi marcado para o próximo dia 9.
Sobre a espera de quase um ano pela análise e decisão do pedido por um novo júri, o advogado de Souza, Maxsuel Maia, disse ao g1 que já era esperado que levasse um tempo, uma vez que se trata de um caso “complexo”.
Isso já era esperado. Nossa Câmara Criminal tem uma sobrecarga grande de processos para julgar. Além disso, o caso é complexo, requer uma análise detalhada. Continuamos aguardando esperançosos.” Ele não comentou sobre o porquê de ter pedido para o processo ser tirado da pauta de julgamentos desta quinta.
Em dezembro do ano passado, a Justiça determinou que o policial penal perdesse seu cargo de servidor público do estado. A decisão foi assinada pela juíza Luana Campos da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Na época, o advogado de Souza informou que tinha recorrido da decisão que condenou seu cliente junto à Câmara Criminal.
O servidor público está preso no Complexo Penitenciário de Rio Branco desde o dia do crime. Ele chegou a ser internado no Hospital de Saúde Mental (Hosmac), mas a Justiça determinou que ele voltasse ao presídio.
Relembre o caso
Quenison Silva de Souza foi preso no dia 12 de março de 2020 e indiciado por feminicídio por matar a companheira Erlane Cristina de Matos, de 35 anos, com um tiro na cabeça. O crime ocorreu na noite de 11 de março do ano passado na casa do casal, no bairro Estação Experimental, na capital acreana.
À polícia, Souza afirmou que o tiro foi acidental. O policial foi denunciado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) à Justiça pelo crime de feminicídio.
O G1 teve acesso a um relatório psicossocial feito por uma psicóloga do Tribunal de Justiça que aponta o seguinte:
Seus sentimentos são de intensa dor e arrependimento no que diz respeito ao ocorrido. Se sente culpado e em extrema vergonha perante sua família e seus amigos. Não consegue aceitar que uma tragédia como essa teve sua pessoa como responsável, pois sempre foi muito responsável com sua arma e com suas obrigações de esposa e pai de família”.


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