Até o último dia 18 de dezembro, Rio Branco registrou 5.750 casos prováveis de dengue, que estão entre confirmados e em investigação. Esse número é mais de 500% maior que o número computado no mesmo período de 2020, que foi de 940.
Os dados são do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental de Rio Branco divulgados ao g1.
Dos mais de 11,2 mil casos atendidos pela equipe da vigilância em Rio Branco, 5.442 deram positivos para dengue. Destes, 166 são casos com sinais de alerta, que são de pessoas que apresentam sintomas mais graves, como hemorragia, dores abdominais intensas, entre outros.
Além dos mais de 5,4 mil casos confirmados de dengue, Rio Branco registra quatro casos confirmados de Zika e cinco Chikungunya.
Bairros com notificação de dengue
Somente entre os dias 12 e 18 de dezembro, segundo os dados da Saúde, houve o registro de casos suspeitos de dengue em 52 bairros da capital acreana.
Ainda conforme o boletim, nesse período, ao menos 20 bairros registraram entre 0% e 18,75% no Índice de Infestação Predial (IIP).
O índice é considerado satisfatório quando fica abaixo de 1%; situação de alerta quando está no intervalo entre 1% e 3,9%; e indica risco de surto quando é igual ou superior a 4%.
Entre os dias 12 e 18 de dezembro foram registrados casos suspeitos de dengue em 52 bairros de Rio Branco — Foto: Reprodução
“Estamos bastante preocupados com o número de locais com focos, estamos com mais de 50 bairros dentro do município de Rio Branco que estão com focos de dengue. Então, quero despertar nos munícipes que se preocupem também com a dengue, que é uma doença grave e pode, sim, matar. Além disso, esse mesmo mosquito, além de causar dengue, ele causa Chikungunya e Zika”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Sheila Andrade.
Com a capital toda classificada com IIP de 8,97%, a secretária pede a colaboração de todos os moradores para eliminarem focos do mosquito.
“A prefeitura de Rio Branco, infelizmente, não tem como ir até todos os domicílios e também nos locais comerciais, mas os moradores podem nos ajudar, já que são os principais colaboradores nesse momento, para que a gente não venha sofrer com epidemia de dengue agora em janeiro e fevereiro”, afirmou.