A jovem teve Síndrome do choque tóxico (SCT) e acusa o hospital de ter negligenciado o caso inicialmente.
Ellie Makin, de 18 anos, quase morreu após dormir bêbada e esquecer de trocar seu absorvente interno durante 12 horas. A jovem teve Síndrome do choque tóxico (SCT) e acusa o hospital de ter negligenciado o caso inicialmente.
A moradora de Droylsden, na Inglaterra, acordou com sintomas próximos de uma gripe depois de voltar de uma festa. Depois de ainda ter náuseas, tonturas e vômitos, ela se lembrou do absorvente e pesquisou sobre a síndrome do choque tóxico.
“Adormeci bêbada com um absorvente interno e o deixei por 12 horas, então pesquisei meus sintomas no Google e sabia que era um choque tóxico. Contei para minha mãe e ela ligou para o serviço de assistência e eles bateram à minha porta. Quando atendi, desmaiei, então me levaram para o hospital”, disse a jovem para o The Sun.
No entanto, a estudante acabou desmaiando e foi levada para o hospital da Universidade de North Durham. No local, os médicos disseram que se tratava de uma infecção viral e descartaram o SCT.
“Fiz exames de sangue e eles me disseram que minha contagem de glóbulos brancos estava alta, mas não conseguiram identificar de onde vinha a infecção, então simplesmente registraram como sendo uma infecção viral e me deram alta”, completou a estudante.
“Sabia que não era uma infecção viral porque estava tonta e desmaiando – eu disse que estava preocupada que fosse um choque tóxico e disse a eles sobre o absorvente interno, mas eles não fizeram nada a respeito”, disse ainda.
No entanto, apesar de ser liberada do hospital, Ellie foi para casa e seus sintomas continuaram piorando. Apenas após voltar para a unidade de saúde no dia seguinte é que os médicos teriam confirmado a síndrome do choque tóxico por conta do absorvente interno.
Uso incorreto do absorvente interno quase custou sua vida
Segundo o Manual MSD, a SCT é uma doença rara, mas a maior parte dos casos relatados estão ligados com o uso incorreto de absorventes internos. A condição é considerada grave e pode levar à falência de órgãos ou até mesmo à morte se não for tratada de forma rápida.
“Disseram que é uma doença fatal e você tem sorte de ter contraído agora. Foi assustador e me deixou irritada com a forma como o Hospital me tratou”, completou a jovem, que promete ser mais cuidadosa com o uso de absorventes de agora em diante. Ela ainda se recupera da doença, que possui sintomas a longo prazo como queda de cabelo e descamação dos pés e das mãos.
Em nota enviada ao The Sun, o hospital disse que : “Há ocasiões em que um paciente desenvolve mais sintomas depois de deixar os cuidados de nossa equipe do departamento de emergência, que apoiaria um diagnóstico específico. Nós encorajamos os pacientes a retornarem ao hospital para investigação adicional quando novos sintomas surgirem ou os sintomas existentes persistirem”.
“Lamentamos que Ellie esteja insatisfeita com o atendimento que recebeu e agradeceria uma oportunidade de discutir isso e sua experiência geral com ela, se ela achar isso útil”, finaliza o texto.