O bebê de cinco meses supostamente agredido pela babá, uma jovem de 18 anos, passou por exame de corpo e delito, mas não foram identificadas lesões físicas aparentes. “O sufocamento é uma das piores formas de tortura, que não deixa nenhuma marca, apenas sequela física e leva a morte”, disse a mãe da criança, que preferiu não se identificar.
Segundo a mulher, foram duas tentativas de sufocar o menino. “A primeira, eu vi depois pela gravação e durou 13 segundos. A segunda foi a que eu flagrei, eu fui pegar ele imediatamente e ele voltou a respirar. Se eu não tivesse corrido, não sei o que poderia ter acontecido com meu filho”, afirma.
A servidora pública está se organizando para voltar ao trabalho e fez a seleção para contratar uma babá. Ela e o marido passaram alguns meses procurando alguém até que se impressionaram com o currículo da jovem. “Era excelente. Fizemos outras seleções e ela se destacou. Foram várias entrevistas e simulações, falamos com referência e tudo. Aí decidimos contratá-la”, conta.
O primeiro dia dela foi no último sábado (20/11), com o casal supervisionando de perto. Na segunda-feira (22/11), ela ficou sozinha com o bebê pela primeira vez. “Eu estava no quarto quando vi pela câmera que ela estava com o pano no rosto dele, eu corri para pegá-lo. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo e nos trancamos na quarta até a polícia chegar”, relata.
Uma equipe do 7º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foi até a casa da família averiguar a filmagem das supostas agressões. Logo em seguida, eles localizaram e prenderam a babá no Cruzeiro Velho, onde ela vive. Enquanto isso, o pai do bebê registrava ocorrência na delegacia. A babá foi conduzida para a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), que investigará o caso, mas foi liberada em seguida.