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Testemunha diz que viu PM bater cabeça de jovem com câncer contra muro

Goiânia – Uma testemunha, que pediu para não ser identificada, afirmou para a Polícia Civil de Goiás que viu o momento em que policiais espancaram com muita violência dois jovens no bairro Fidélis, região sudoeste da capital goiana, na noite de 10 de novembro de 2021.
O barbeiro Chris Wallace da Silva, de 24 anos, um dos jovens agredido, precisou ser hospitalizado com traumatismo craniano e morreu seis dias depois. Ele tinha o diagnóstico de mieloma múltiplo, conhecido como câncer de osso.
A testemunha contou que andava pela rua por volta das 20 horas, quando viu dois policiais em uma viatura modelo Renault/Duster abordando dois jovens. As informações estão integradas ao inquérito que corre na Polícia Civil para apurar o caso.
Cabeça contra muro
Durante a abordagem, os militares teriam pedido a documentação das vítimas e repreendido por estarem na rua naquele horário. Na sequência, teriam começado a espancar os jovens

Um dos jovens teria dito que tinha câncer e, mesmo assim, os policiais continuaram com as agressões, segundo a testemunha.
De acordo com o depoimento, o jovem que disse ter câncer foi golpeado com um cassetete várias vezes, recebeu tapas no rosto e teve a cabeça batida contra uma parede.
Já a outra vítima, que era um amigo de Chris, segundo familiares, também foi agredida, mas saiu correndo. A testemunha conta que um policial ameaçou de atirar na perna dele, caso ele fugisse da abordagem violenta.
Gravemente ferido
Chris conseguiu chegar em casa depois da agressão, mas teve uma convulsão e vomitou sangue, segundo familiares. Mesmo gravemente ferido, ele conseguiu confirmar que foi agredido por policiais militares.
O jovem barbeiro foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) por uma equipe do Atendimento Móvel de Urgência (Samu), onde precisou ser intubado. Ele morreu no dia 16 de novembro, depois de passar por uma cirurgia.
A morte de Chris após abordagem policial é apurada pela Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), mas a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública não se pronunciaram sobre o assunto. O Metrópoles pediu um posicionamento desde quinta-feira (18/11), mas não houve resposta.


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