Calor excessivo, pressão psicológica e o desgaste físico. Durante mais de 100 dias, foi essa a rotina dos três policiais militares do Acre que estiveram no Mato Grosso, a cumprir as etapas do III Curso de Especialização de Moto Patrulhamento Tático (III CEMPT) da Polícia Militar do Mato Grosso (PMMT). A solenidade de encerramento ocorreu na última quinta-feira, 25, na sede da 24ª Companhia Independente de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (Raio), no bairro Leblon.
Distantes aproximadamente dois mil quilômetros do Acre, os militares, que já pertencem ao Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO) de Rio Branco e de Cruzeiro do Sul, se deslocaram em busca do aprimoramento profissional, em umas das unidades que é referência nacional. As instruções foram de pilotagem de alto rico, mecânica, pilotagem em terrenos de difícil acesso (off road), além de disciplinas jurídicas, de armamento, munição e tiro, entre outras.
Desde 2010, o 3º sargento Renan de Souza, 35 anos, vem atuando no Moto Patrulhamento Tático (MPT) no Estado do Acre. Para ele, o curso representa um marco na sua carreira policial militar. “É importante porque além do aprendizado, buscamos a certificação técnica, pois por mais que já trabalhássemos nessa área há um tempo, o curso é a validação técnica do policiamento que já desempenhamos na corporação”, disse o militar.
Cabo Juarez Yaran, 38 anos, atua no MPT desde 2018, quando foi lotado no GIRO da capital. Ele destaca a dificuldade apresentada durante os 100 dias de curso. “Durante algumas instruções práticas, o calor era excessivo, dependendo do horário no deslocamento para os locais de instruções, não conseguíamos nem abrir a viseira, devido ao vento quente no rosto”, disse o militar, que também é formado no Curso de Controle de Distúrbios Civis (CDC), pela PMAC.
Francisco Jeferson, lotado no GIRO de Cruzeiro do Sul, oriundo da turma do Curso de Formação de Soldados 2013 (CFSd 2013), destacou a importância para sua formação. “É uma forma de fortalecimento do Moto Patrulhamento Tático em nosso Estado, tendo em vista que é um policiamento que tem capacidade de levar a qualquer terreno, uma equipe técnica especializada”, destacou o policial.
Os três policiais militares do Acre passam a integrar o seleto grupo dos chamados “Cavaleiros de Aço” – nome dado aos concludentes do Curso de Moto Patrulhamento Tático – que já se formaram nos Estados de Goiás, Ceará, Amapá e Mato Grosso, e assim irão fortalecer a padronização da modalidade de policiamento no Estado.