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Enquanto Szafir quebra tabu sobre uso de bolsa, no Acre, pacientes ostomizados não recebem produtos adjuvantes

O ator e apresentador Luciano Szafir desfilou na passarela da São Paulo Fashion Week, na noite de quinta-feira, 18, com sua bolsa de estomia a mostra. Há quatro meses ele recebeu alta do hospital, após passar por procedimento, que o levou ao uso da bolsa coletora, por complicações quando foi reinfectado pelo coronavírus.
Luciano já realizou lives em suas redes sociais falando sobre o processo e como tem sido sua rotina como uma pessoa ostomizada. Para ele, sua estomia não o define e sua vida segue normal. “De desfilar na SPFW e conscientizar as pessoas sobre a importância do uso de uma bolsa foram as minhas metas realizadas no dia. Há muito tempo que eu já planejava isso e esta surpresa no desfile foi pensada em todos os detalhes”, disse.
Enquanto Szafir tem usado sua imagem pública para dá visibilidade aos a devida ostomizados, no Acre, os quase 200 que não têm materiais básicos, previstos por lei, distribuídos pela Fundhacre.
Em contato com a assessoria da Fundação Hospital Estadual do Acre, nossa equipe apurou que, em todo estado, são 196 pessoas colostomizadas e 15 urostomizadas cadastradas para fazerem a retirada das bolsas distribuídas pelo SUS naquela unidade.
As bolsas são distribuídas mensalmente, porém a distribuição de adjuvantes de proteção e segurança, prevista na portaria de Nº 400, de 16 de novembro de 2009, não é garantida. Não há um espaço adequado para que a equipe responsável receba essas pessoas e possam examiná-las de forma correta. Também não há grupo de apoio, como em outros Estados.
Um paciente urostomizado, que prefere não se identificar, conta que já por vezes comprou bolsa por não ter disponível na unidade. Outra questão é que a falta de espaço adequado para que a enfermeira avalie o paciente há pacientes que recebem bolsas que não são adequadas para o seu estoma fazendo com que vazamentos sejam frequentes e a quantidade distribuída mensalmente acaba antes da data da próxima entrega.
A assessoria informou que tanto os adjuvantes quanto a questão do espaço estão sendo resolvidas.
A Defensoria Pública orienta que os pacientes que não estejam sendo assistidos de forma correta procure a unidade para relatar a situação para que eles possam entrar com medidas necessárias.


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