Com Black Friday, 120 mil brasilienses vão às compras em busca de promoções

A sexta-feira mais aguardada do ano pelos consumidores chegou, hoje é dia de Black Friday. O comércio na capital federal estima um incremento entre 12% e 15% nas vendas, ante os 2% negativos do ano passado, quando o faturamento foi prejudicado pelos efeitos da pandemia. De acordo com um levantamento feito pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), de hoje até domingo, mais de 120 mil pessoas devem sair às compras nas lojas de todo o Distrito Federal. O número é 71.4% maior que a expectativa de 70 mil dessa mesma data em 2020.


Segundo avaliação do vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Sebastião Abritta, a data deve injetar cerca de R$150 milhões na economia local. “Diante do avanço da vacinação, o consumidor perdeu o medo de sair de casa. Muitos estão sem comprar nada desde 2020 e vão aproveitar os descontos de até 60%”, explica. Com o cenário otimista, até as campanhas publicitárias em torno da data começaram mais cedo para seduzir os compradores com preços vantajosos.


Confecções, calçados, eletroeletrônicos, objetos para o lar, cama e mesa devem ser os produtos mais vendidos, conforme projeção do sindicato. O gasto médio do brasiliense com as compras dependerá do segmento, mas deve ficar em R$ 220, 69,2% maior que o gasto médio de R$ 130 do ano passado. Os cartões de crédito devem responder por 52% do faturamento das lojas.


Em 2020, mesmo com todas as datas comemorativas, como o Dia das Mães, dos Namorados, dos Pais, das Crianças, Black Friday e o Natal, as vendas foram negativas, em média, -2%.


Expectativa

A funcionária de uma loja de tênis de um shopping, em Taguatinga, Emanuelly Marques de Amorim, 27 anos, fala sobre a expectativa dos funcionários. “O trabalho é muito intenso, sem dúvidas. Mas vale a pena. Com a Black Friday começam também as compras de Natal, então é uma temporada muito boa para nós, vendedores. As comissões chegam a triplicar, e dá para juntar um dinheiro bom.”


Ela conta que o momento é um alívio depois das dificuldades do último ano. “A gente acaba sempre reclamando por trabalhar muito no fim do ano, mas, em 2020, foi tão difícil que esse ano queremos trabalhar bastante”, lembra.


A professora Camila de Lima Campos, 32, pretende aproveitar a Black Friday. No ano passado, com a pandemia, ela não foi às compras. “Muitos setores pararam, o meu foi um deles. Então, a gente tem que racionalizar os gastos e priorizar o que é necessário. Por mais que não tenha faltado dinheiro, foi necessário guardar, porque a gente nunca sabe quando vai ter uma emergência, ainda mais em tempos como esse”, explica a moradora de Águas Claras.


Fonte: Correio Braziliense


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