Há 19 anos ocorreu um dos crimes mais famosos da história do Brasil. Na madrugada de Halloween, em 31 de outubro de 2002, Daniel Cravinhos ligou para a polícia e disse estar em frente à casa da namorada, Suzane von Richthofen, e que eles suspeitavam que um assalto teria ocorrido no local.
Uma viatura da polícia chegou à residência entre 4h e 5h da madrugada e encontrou os corpos de Manfred e Marísia von Richthofen. Esse foi o momento escolhido pelo diretor Maurício Eça para iniciar os filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, lançados pela Amazon Prime Video em setembro de 2021.
As obras fizeram o crime voltar aos holofotes. Os filmes contam os eventos que levaram o trio a cometer o assassinato do casal, além de encenar alguns momentos dos depoimentos de Suzane e Daniel durante o primeiro dia de julgamento do crime.
Mas não é apenas a história antes dos assassinatos que fez o crime tão famoso. Os dias seguintes, com confissões, entrevistas e reviravoltas, foram acompanhados pelo público da época como um filme em tempo real. Para relembrar o que aconteceu, o Correio revirou edições impressas de 2002 a 2006 para mostrar como a imprensa acompanhou um dos maiores crimes da história do país.
Parente de um herói alemão da Primeira Guerra Mundial
A sede do Correio Braziliense fica a quase 900km de distância da residência dos Richthofen, no bairro do Brooklin, em São Paulo. O primeiro motivo que fez a história do assassinato atravessar o Brasil e chegar as páginas do jornal brasiliense foi o parentesco de Manfred Albert von Richthofen com o Barão Vermelho, herói alemão da Primeira Guerra Mundial. Manfred foi batizado em homenagem ao tio-avô, que desenvolveu as primeiras táticas de guerra aérea, ainda na década de 1910.
A primeira reportagem sobre o caso foi publicada na edição de 2 de novembro de 2002 do Correio, com o título “Crime abala São Paulo”. A matéria fala sobre o enterro do casal Richthofen e os primeiros passos da investigação. “A polícia suspeita de latrocínio, mas não descarta outras hipóteses”, diz trecho da reportagem. Especialistas ouvidos pelo Correio já destacavam o fato dos corpos das vítimas estarem cobertos por uma toalha branca, no caso de Mandred, e por um saco plástico, no caso de Marísia. “Assassinos costumam cobrir o rosto de suas vítimas quando as conhecem”.
A reportagem seguinte saiu uma semana depois, noticiando que Suzane, Daniel e Cristian Cravinhos haviam confessado o crime. À polícia, Suzane afirmou que cometeu o crime ‘‘por amor’’ ao namorado, Daniel Cravinhos. Segundo o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Domingos Paulo Neto, Suzane demonstrou arrependimento durante o depoimento que prestou.
A polícia também apurou que ela e o namorado esperavam viver juntos depois que recebessem a herança deixada pelo casal Von Richthofen.
Festa de aniversário
Poucos dias após a confissão, amigas da faculdade de Suzane começaram a dar depoimentos à polícia e falar com repórteres, a maioria sob sigilo. Uma delas relatou que Suzane dizia ter descoberto “um mundo que jamais pensou que existisse” após o começo do namoro, e que ela passou a frequentar o Parque do Ibirapuera com o namorado para usar drogas.
As amigas também contaram que Manfred havia decidido não comemorar o aniversário de 19 anos de Suzane, devido ao mau comportamento da filha, o que a revoltou bastante. Três dias após a morte dos pais, Suzane reuniu alguns amigos e fez uma festa de aniversário, o que aumentou a suspeita de policiais sobre o envolvimento dela no crime. O encontro ocorreu no sítio da família, em São Roque, e Suzane teria usado o dinheiro roubado dos pais no dia do crime para comprar carne e bebidas para o churrasco.
Uma reportagem do Correio Braziliense em 10 de novembro de 2002 detalhou o primeiro dia de Suzane na prisão. A jovem fumou muito, chorou, disse que estava com saudades do namorado e que queria ter notícias do irmão. Aos colegas de cela, Suzane disse que realizou o crime por raiva. “Eles queriam me afastar do Daniel. E foi tudo uma loucura. Cheguei a pensar em desistir, mas já não tinha volta”, disse.
Já a primeira noite de prisão de Daniel e Cristian foi mais angustiante. Eles ficaram em celas separadas no Distrito Policial de Santa Cecília, e perguntavam o tempo todo aos carcereiros se o advogado que o pai havia prometido já tinha chegado.
No dia seguinte, uma nova reportagem mostra que advogados de Suzane começavam a destacar que a cliente estava arrependida e preocupada, principalmente, em obter o perdão do irmão. Por outro lado, funcionários do 89º Distrito Policial do Portal do Morumbi, em SP, descreviam a jovem de outro jeito. “Particularmente, uma pessoa fria. Parece estar indiferente a tudo o que aconteceu’’, disse uma carcereira.
Imprensa foi pedra no sapato do trio de assassinos confessos
Um dos momentos mais emblemáticos do caso Richthofen é a polêmica entrevista de Suzane para a Rede Globo. Em abril de 2006, a defesa da jovem concordou em conceder uma entrevista ao Fantástico, dois meses antes do julgamento pelos assassinatos.
Na época, ela estava em liberdade provisória há 9 meses. Suzane recebeu a equipe da Rede Globo na casa de amigos da família, onde estava hospedada. Ela usava uma camisa rosa estampada de Minnie Mouse, pantufas de coelhinho e falava com voz de criança. Em 11 ocasiões, ela interrompeu a entrevista, tendo crises copiosas de choro. “Detalhe: nenhuma lágrima”, descreveu uma reportagem do Correio em 11 de abril de 2006.
Durante entrevista a repórteres da emissora, um microfone na blusa de Suzane captou orientações dos advogados dela sobre como a jovem deveria se comportar em frente às câmeras — inclusive, com orientações para simular chorar e acusar o ex-namorado.
Sem saber que estava sendo gravado, o advogado e amigo da família Denivaldo Barni ordena: “Chora!”. “Não vou conseguir”, responde Suzane. No mesmo dia, depois de a garota já ter gravado a maior parte da entrevista, uma voz, que segundo a reportagem foi identificada como sendo a do advogado Mário Sérgio de Oliveira, diz a ela: “Acabou. Mais nada. Começa a chorar e fala: ‘Não quero falar mais’”. A mesma voz também a orientou a dizer que o ex-namorado lhe dava ordens.
Um dia após a exibição da entrevista, Suzane foi mandada de volta para a cadeia. O pedido de prisão foi feito pelo promotor Roberto Tardelli, que chamou Suzane de “atriz de quinta categoria” e declarou, sobre o programa: “Foi um circo mal armado, de baixíssima inspiração, com atores canastrões e um diretor sem talento”
Criminalistas ouvidos pelo Correio na época disseram que a entrevista havia dificultado a situação da jovem. “Foi uma entrevista muito infeliz para a Suzane. Dificulta muito a defesa dos advogados. Eu diria que foi um saldo negativo para o processo de defesa de uma menina que é acusada de duplo homicídio dos pais”, opinou Ademar Gomes, que na época era presidente do conselho da Acrimesp.
Em entrevista à Rádio CBN, o advogado de Suzane, Mário de Oliveira Filho, negou que o comportamento da jovem havia sido encenado. “É dever do advogado orientar seu cliente. Inclusive, dizer quando e o que ele deve falar, se deve calar, se deve ou não levantar a cabeça, se deve olhar nos olhos do interlocutor, se tem de responder às perguntas e esclarecer os fatos ou se deve responder sem esclarecer nada”, explicou.
Suzane não foi a única a voltar à prisão após a repercussão negativa de uma entrevista. Em janeiro de 2006, dois meses após a Justiça conceder habeas corpus aos irmãos Cravinhos, eles deram uma entrevista à rádio Jovem Pan. Na oportunidades, afirmaram que Suzane era estuprada pelo pai desde os 13 anos de idade. O promotor Roberto Tardelli pediu a prisão dos dois na mesma semana.
“Ela quer mesada”
Suzane foi destaque na capa do Correio por pedir mesada dos pais. Em abril de 2006, a jovem se declarou a única e legítima herdeira de Manfred e Marisia, e moveu um processo contra o próprio irmão, Andreas, na tentativa de tornar-se http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistradora do patrimônio da família. “Nas petições, ela se afirma usurpada dos bens que são dela”, disse o promotor, Roberto Tardelli, que teve acesso ao conteúdo do inventário da família.
Suzane chegou a pedir a contagem de todos os bens que havia dentro da casa, de garfos e panelas até uma avaliação do preço dos cães que tomam conta de uma chácara da família. “Ela pediu a entrega do carro que usou na noite do crime e também o pagamento de uma pensão com o dinheiro do espólio”, disse Tardelli, sem saber informar o valor dessa “mesada”.
Suzane encara o júri
Em 17 de julho de 2006, Suzane e os irmãos Cravinhos sentaram no banco dos réus para o primeiro dos cinco dias de julgamento pela morte de Manfred e Marísia. A audiência ocorreu no Primeiro Tribunal do Júri do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, e foi acompanhada como uma novela. Chegaram a ocorrer sorteios de convites para assistir o julgamento da tribuna, e até mesmo a apresentadora Luciana Gimenez estava entre os presentes.
Assim como os filmes de 2021 contam, o depoimento foi marcado por um embate de versões. Daniel e Suzane tentaram jogar a culpa um para o outro. Daniel mudou a versão do crime e tentou inocentar o irmão Cristian, dizendo que ele não chegou a participar do ataque contra o casal, pois teria passado mal antes do assassinato. Ele procurou incriminar Suzane, a acusando de ter planejado a morte dos pais. Cristian deu depoimento em seguida, confirmou a versão do irmão, mas entrou em contradição nos detalhes do crime.
Quando Suzane começou o depoimento já eram 19h50 da noite. Ela repetiu, exaustivamente, que Daniel a induziu ao uso de drogas e que ela o mantinha financeiramente. Pagava a academia de ginástica, o som do carro dele e as viagens para o Nordeste do Brasil. Também acusou Daniel de incentivá-la a brigar com os pais. “Ele (Daniel) foi quem me falou que meu pai tinha uma amante. Ele queria destruir a imagem do meu pai, queria que eu me inspirasse nele (Daniel)”, disse na sessão.
Suzane admitiu que foi espancada, uma vez, por Manfred. “Foi no Dia das Mães, em 2002. Falei que queria fugir, que não queria mais ficar em casa”, contou. Os três acusados pelo crime sentaram-se lado a lado, mas evitaram se olhar durante a sessão, detalhou a reportagem do Correio.
Daniel focou o depoimento em destruir a imagem de que Suzane era vítima e uma menina de “família” — versão que a defesa da ré estava tentando construir nos meses anteriores ao julgamento. Ele afirmou que não ensinou Suzane a fumar maconha, ao contrário, disse que a jovem fumava cigarro e maconha antes de conhecê-lo, e que ele começou a usar drogas por culpa dela. Daniel também disse que Suzane havia perdido a virgindade aos 14 anos com um ex-namorado.
“Ela sempre planejou a morte dos pais, dizia isso para todos os amigos. Mas qualquer adolescente fala esse tipo de coisa, eu só não achava que ela seria capaz de levar o plano adiante”, disse Daniel.
O ex-namorado também voltou a repetir que Suzane era abusada. Que Manfred a espancava e, nesses momentos, teria o hábito de passar as mãos “nas partes íntimas dela”. O irmão, Andreas, saberia disso e, às vezes, dormia no quarto de Suzane para que o pai não entrasse. “Ela (Suzane) falou que tinha sido fortemente agredida pelos pais e que planejou matá-los com uma arma que tinha”, contou Daniel.
Andreas falou no segundo dia de depoimentos. Disse que a irmã se tornou uma moça fria e calculista, e descreveu os pais como um casal feliz e tranquilo. “A primeira vez que Suzane me ligou (após ser presa), queria que eu liberasse a todo custo, fazendo chantagem emocional, um apartamento da família para ela morar. Ela dizia: ‘se eu não tiver endereço fixo, vou voltar para a prisão e você precisa me ajudar”, relatou Andreas, que na época do julgamento tinha apenas 18 anos.
Ele revelou que Suzane o induziu a escrever um bilhete em que pedia uma pensão de sete salários mínimos para a irmã. “Ela leu o bilhete para eu escrever. Palavra por palavra. Na época, eu não entendia e ainda tinha confusão na minha cabeça sobre o que eu sentia por ela. Hoje, eu entendo que ela só queria saber do dinheiro”. Ele também descreveu as tentativas jurídicas de Suzane de impedir o andamento do inventário, que o tornaria herdeiro de uma fortuna avaliada em R$ 2 milhões
A delegada Cíntia Tucunduva, que atendeu a ocorrência do assassinato, também deu depoimento nesse dia e revelou detalhes das reações de Daniel e Suzane poucos momentos após o crime. Segundo a delegada, no dia seguinte ao enterro dos Richthofen, foi preciso chamar à atenção do casal de namorados, que se comportava de maneira indevida, com beijos apaixonados na delegacia. “Eles estavam apaixonados, se abraçavam. Infelizmente, diria que estavam felizes”, disse a delegada. Segundo o relato dela, a ex-estudante de direito nunca se queixou do ex-namorado ser um dominador. “O estado de espírito dela foi de frieza desde o dia da morte (dos pais) até o dia da prisão.”
No quarto dia de julgamento, foram lidas partes dos 14 volumes do processo, que somavam 2,8 mil páginas e pesavam 12kg. O ponto alto da leitura foram as cartas trocadas entre Suzane e Daniel. “Dan Dan, meu ursinho Panda”, “você é a melhor pessoa do mundo”, “meu maridinho”, “não existem tantas almas gêmeas no mundo”, dizia Suzane nas cartas. “Su, meu amor, meu bombom, eu te amo muito”, devolvia o namorado. Daniel chorou durante a leitura. Suzane, mais uma vez, continuou impassível.
Suzane foi chamada de “personificação da loira-má”
Um dos destaques do último dia de julgamento foi a intervenção do promotor Nadir de Campos, classificado na época como o mais agressivo do lado da acusação. Ele destacou o fato de Daniel e Suzane terem ido ao motel logo após o assassinato do casal Richthofen, e se aproximou dos acusados para berrar: “É repugnante, abjeto, nojento. Entrar no motel e pedir suíte presidencial é asqueroso”
Daniel ficou em prantos, chorava compulsivamente e tremia. Cristian, mesmo algemado, tentou passar a mão sobre a cabeça do irmão, para consolá-lo. A advogada dos irmãos Cravinhos reagiu duramente. “O senhor está sendo cruel com o réu”, gritou Gislaine Jabur. “Cruel é o que eles fizeram”, respondia Nadir. “É bom que eles comecem a pagar aqui”, completou o promotor.
Daniel precisou ser retirado do plenário por não parar de chorar. Suzane, como sempre, continuava impassível. Ela só chorou uma vez, quando o promotor falou sobre a importância da família.
Durante a sessão para os argumentos da defesa, os advogados dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos fizeram um verdadeiro show. Chegaram a comparar Suzane à Bia Falcão, personagem de Fernanda Montenegro na novela Belíssima, da TV Globo, e a Leona, interpretada por Carolina Dieckman em Cobras e Lagartos. “Ela é a personificação da loira-má. Igualzinha à Bia Falcão que mandava matar por dinheiro, e à Leona, que faz qualquer coisa por amor e dinheiro também”, disse Jabur, arrancando gargalhadas da plateia.
Suzane, Daniel e Cristian foram capa do Correio no dia 23 de julho de 2006. Na edição, a reportagem falou da condenação a quase 40 anos de prisão pela morte dos pais da jovem. Os promotores respiraram aliviados após a condenação. Um deles, Roberto Tardelli, disse que se Suzane fosse absolvida eles teriam “que sair daqui de helicóptero”, devido à fúria das pessoas que acompanharam o julgamento do lado de fora do Fórum.
Em entrevista ao Correio, o advogado da defesa da jovem, Mauro Nacif, explicou que em quatro anos Suzane já poderia pedir o benefício da prisão semiaberta — o que hoje sabemos que não foi bem sucedido, ela só foi conseguir o benefício em 2015.
Ao sair do tribunal, Suzane voltou para o presídio de Rio Claro, onde já estava presa, e disse a colegas de cela: “pensei que ia ser absolvida”.
A ficha dela só parece ter caído no dia seguinte. Ao receber visita do advogado e amigo da família Denivaldo Barni, Suzane chorou muito. Para tentar alegrá-la, Denivaldo levou pizza para a jovem, que estava sem comer desde que recebeu a pena.
Tentando seguir em frente
Suzane já cumpriu mais da metade da pena, e atualmente está presa na Penitenciária Feminina de Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, em semi-aberto. A órfã conseguiu autorização para cursar presencialmente Biomedicina em uma universidade particular de Taubaté, que ela conseguiu entrar devido a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Suzane chegou de Uber no primeiro dia de aula. Acompanhada por dois advogados, estava de cabelo curto, blusa florida, mochila nas costas e uma tornozeleira eletrônica.
Colegas de faculdade usaram as redes sociais para contar detalhes do dia a dia da nova universitária. “Ela chegou falando com todo mundo, toda cínica, muito simpática. E o pessoal babando ovo dela, pedindo autógrafo no caderno como se fosse uma celebridade”, escreveu um aluno.
“A menina está presa e tem um iPhone 11, melhor que nós”, escreveu outro. “Ela pediu até Mcdonald’s”, disse um colega.
Em 2014, Suzane se casou com a detenta Sandra Regina, mais conhecida como Sandrão, condenada a 27 anos de prisão pelo sequestro de uma empresária em São Paulo. Sandra já teve relacionamento com outra condenada famosa, a Elize Matsunaga, presa pela morte e esquartejamento do marido Marcos Matsunaga. O relacionamento terminou em 2016.
Pouco tempo depois, Suzane engatou um namoro com Rogério Olberg, irmão de uma presidiária. O relacionamento chegou ao fim em 2020. Informações da revista Época dizem que Olberg terminou após descobrir que Suzane mantinha escondida uma conta bancária com R$ 120 mil, que ela teria recebido para dar uma entrevista ao apresentador Gugu Liberato, em 2015, na Record.
Aos 29 anos, em 2017, Andreas Richthofen foi internado no Hospital do Campo Limpo, em São Paulo, após ser abordado pulando um muro de um imóvel na região da Cracolândia, no centro da capital paulista. Ele desenvolveu problemas com álcool, e tenta se afastar ao máximo da história, evita dá entrevistas e não usa redes sociais.
Cristian foi condenado novamente, a mais quatro anos e oito meses em reclusão por corrupção ativa por tentar subornar um polícia militar após se envolver em uma briga de bar. Daniel está em regime aberto desde 2018. É casado com uma biomédica, irmã de uma colega de cela.
Suzane não recebeu nada da herança dos Richthofen. Ela também não recebeu nada pelos dois filmes lançados em 2021 pela Amazon.
A menina que matou os pais conseguiu redução de pena, caindo de 39 para 34 anos e nove meses. Se continuar no regime semiaberto, a previsão é que ela seja solta daqui 15 anos, em 2036.
Fonte: Correio Braziliense