A família Bolsonaro está envolvida em mais uma polêmica. Desta vez, o sobrinho do presidente Jair Bolsonaro, o empresário Orestes Bolsonaro Campos, chamado de Orestinho pelos parentes, foi apontado como agressor de mulheres. Ele é réu em dois processos na Justiça de São Paulo por “lesão corporal” e “homicídio qualificado tentado – feminicídio”.
Os casos foram relevados pelo jornal Brasil de Fato. De acordo com as vítimas, elas foram ameaçadas com armas, tiros, agressões e afogamentos, além de terem sido arrastadas pelos cabelos em momentos de descontrole de Orestes Bolsonaro.
Namorado de uma ex-companheira de Orestes, Valmir Oliveira detalhou a agressão sofrida por ela à repórter Juliana Dal Piva, do UOL. Segundo o homem, ele e a mulher, com quem Orestes viveu por 17 anos, foram atacados há um ano em uma casa em Cajati, a cerca de 230 quilômetros de São Paulo. Um dos filhos de Orestes, de 3 anos, também estava na residência. “Ele falou que ia me matar e que se não me matasse naquele dia ia ser em outra ocasião”, contou Valmir.
Mesmo após a separação, Osrestinho ainda tinha uma cópia da chave da casa e entrou com uma arma e um pedaço de madeira, conforme relatou a mulher em depoimento à polícia. Ela disse que o namorado ficou inconsciente por alguns segundos depois de ser atingido pelo objeto. Em seguida, o sobrinho de Bolsonaro “sacou a arma” e, após ser mordido por Valmir, atirou contra ele, que não foi atingido. O projétil acertou o lado externo da parede do quarto onde estava a outra filha do ex-casal, mas ninguém ficou ferido.
Por causa deste e outros episódios violentos, a ex-companheira de Orestes obteve uma medida protetiva contra ele. “Ela tem muito receio e, por ela, eu tenho também pelas crianças. Eles ficam com medo, e meus pais também, de acontecer alguma coisa. Eu não tenho medo. Fico com receio por ela e pela minha família”, contou Valmir Oliveira.