A segunda família vítima de troca de bebês na maternidade do Hospital Regional de Planaltina procurou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na quarta-feira (24/10), cinco dias após o caso vir à tona. A mãe, de 37 anos, suspeitava da substituição equivocada das crianças, já que ambas nasceram no mesmo dia, em maio de 2014.
A família também mora em Planaltina. Segundo o advogado Caio Vitor Nascimento, a mãe chora constantemente e não consegue comer nem dormir, após o resultado do exame de DNA. “Ela só chora desde que começou essa angústia. Os próximos passos deverão ser cuidadosos. Não há como pensar em um encontro sem suporte psicológico, precisamos do trabalho desses profissionais”, ressalta Caio.
“Os pais da primeira filha, Geruza e Elias, estão remoendo esse caso por um período de oito meses. A segunda família descobriu tudo faz uma semana. Não houve tempo para muitas decisões. Há um desejo de esse encontro ser marcado”, explica o advogado.
Constrangimento
Agora, após exame de DNA confirmar troca de bebês no Hospital Regional de Planaltina, há sete anos, as famílias esperam suporte psicológico para marcar um encontro e se aproximar das filhas biológicas.
Em contato com o Metrópoles, Adivacy Silva, advogado de Geruza Fernandes Ferreira (foto em destaque), 38 anos, esclarece que a mulher está ansiosa para conhecer a filha, mas aguarda o momento certo. “Está muito triste. É uma situação constrangedora para as mães, as duas estão despedaçadas. Ela [Geruza], sempre que fala comigo, pede: ‘Doutor, me ajuda a conhecer minha filha’. Mas sabemos que ambas as famílias precisam de um apoio que ainda não foi dado”, explica.
De acordo com os advogados, não há previsão legal para guarda compartilhada.