Se depender de Alcolumbre, Mendonça jamais será ministro do STF

Senador avança mais uma pedra no tabuleiro para impedir a nomeação que Bolsonaro tanto diz desejar.

Indicado há três meses pelo presidente Jair Bolsonaro para ministro do Supremo Tribunal Federal na vaga aberta com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, o terrivelmente evangélico André Mendonça vê suas chances de aprovação no Senado irem para o espaço por obra e graça de Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a pretensão de Alcolumbre era castigar Bolsonaro que não o teria ajudado a vencer as eleições municipais de 2020. Um irmão do senador, candidato a prefeito de Macapá, acabou derrotado. O troco de Alcolumbre: retardar a nomeação de Mendonça.
Ocorre que ele gostou da briga ao descobrir que a má vontade entre seus colegas com Mendonça era maior do que imaginara. E agora evoluiu para uma posição ainda mais ambiciosa, já confidenciada a outros senadores: deixar para 2022 a análise na comissão que preside do nome de Mendonça. Por que para 2022?
Porque nesse ano, Alcolumbre espera que Bolsonaro não seja mais presidente da República. Assim, caberia ao próximo indicar o novo ministro. Mendonça seria o segundo ministro de Bolsonaro no Supremo. O primeiro foi Nunes Marques. Se reeleito, Bolsonaro indicará mais dois, em um total de 11.
A aliados, Alcolumbre tem dito em tom de ironia, segundo a CNN Brasil, que se Bolsonaro é tão fã dos Estados Unidos, que siga o exemplo daquele país. Ali, a maioria republicana segurou durante 293 dias a indicação feita pelo presidente Barack Obama de um ministro para a Suprema Corte. Ao assumir, Trump indicou outro.


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