Após dois meses em baixa, Rio Branco registrou a maior inflação do país em setembro: 1,56%, contra 1,16% da média nacional. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa analisa dados de 16 capitais brasileiras.
No acumulado desde o início do ano, a inflação na capital já chega a 8,16%. Já nos últimos 12 meses, soma 12,37%, acima da média nacional, de 10,25%. Em agosto, o índice tinha recuado para 0,54%.
Segundo o IBGE, oito dos nove grupos de produtos pesquisados tiveram alta em setembro. O principal vilão do IPCA no Acre foi o setor de habitação, puxado principalmente pelo preço da energia elétrica, que ficou 6,09% mais caro.
Veja o resultado para cada um dos grupos pesquisados:
- Transportes: alta de 2,07%
- Alimentação e bebidas: alta de 1,17%
- Habitação: alta de 3,49%
- Artigos de residência: alta de 1,33%
- Vestuário: alta de 2,25%
- Saúde e cuidados pessoais: alta de 0,75%
- Despesas pessoais: alta de 0,44%
- Educação: queda de 0,34%
- Comunicação: alta de 0,20%
Dados nacionais
A inflação calculada pelo IPCA, considerada a inflação oficial do país, acelerou de 0,87% em agosto para 1,16% em setembro. Foi a maior taxa para meses de setembro desde o início do Plano Real, em 1994, quando o índice foi de 1,53%.
Com o resultado, a inflação no acumulado em 12 meses chegou a 10,25%, o que não ocorria há mais de 5 anos. Trata-se também da maior taxa anual desde fevereiro de 2016, quando ficou em 10,36%.
Nessa comparação, a gasolina foi o item individual com o maior impacto. Segundo o IBGE, ela representou 1,93 ponto percentual (p.p.) sobre o indicador geral. Ou seja, da taxa de 10,25%, quase 2% são do combustível. Os maiores impactos depois dela vieram da energia elétrica (1,25 p.p.), das carnes (0,67 p.p.) e do gás de cozinha(0,38 p.p.).