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Polícia queniana suspeita que marido tenha assassinado atleta

Foto: KARIM JAAFAR / AFP

A polícia do Quênia iniciou uma busca ao marido de Agnes Tirop, promissora atleta de 25 anos, cujo assassinato na quarta-feira (13) provocou grande comoção no país e no mundo.


Tirop, que conquistou as medalhas de bronze nos 10.000 metros nos Mundiais de 2017 e 2019 e ficou em quarto lugar na prova dos 5.000 metros nos Jogos Olímpicos de Tóquio, foi encontrada morta, esfaqueada, em sua casa em Iten, cidade no oeste do Quênia, onde muitos atletas de fundo treinam na altitude.


“Estamos à procura do assassino”, declarou nesta quinta-feira à AFP Tom Makori, comandante de policía do distrito de Keiyo North, onde fica Iten.


Na quarta-feira, Makori anunciou que Emmanuel Rotich, marido de Agnes Tirop, era o principal suspeito. “Ele fez uma ligação para os pais de Tirop para dizer que havia feito algo ruim. Portanto, pensamos que sabe o que aconteceu”, explicou.


“Quanto mais rápido fizermos com que ele revele as circunstâncias que levaram ao assassinato da jovem, melhor para nós”, disse o policial nesta quinta-feira.


A morte brutal de Tirop é destaque em todos os jornais do Quênia.


Estrela em ascensão, Tirop havia batido no mês passado o recorde mundial dos 10 km, com o tempo de 30 minutos e 1 segundo, em Herzogenaurach (Alemanha).


Homenagens

A atleta queniana ganhou fama em 2015, quando tinha apenas 19 anos e conquistou o título de campeã mundial de cross country. Ela se tornou a atleta mais jovem a conseguir a façanha desde a sul-africana Zola Budd, em 1985.


Em um comunicado, a Federação Queniana de Atletismo lamentou a perda de “um diamante que era uma das atletas com progressão mais rápida no cenário internacional”.


O presidente queniano, Uhuru Kenyatta, também prestou homenagem à atleta.


“É chocante, extremamente infeliz e triste perder uma atleta tão promissora e tão jovem que, com 25 anos, já havia conquistado a glória para o nosso país por suas façanhas na pista”, afirmou o chefe de Estado em um comunicado.


“Sua morte é mais difícil de aceitar porque Agnes, heroína do Quênia, foi vítima de um ato criminoso covarde e egoísta”, disse.


A morte de Tirop aconteceu poucos dias após o falecimento de outro corredor de fundo, Hosea Mwok Macharinyang. As autoridades do atletismo queniano consideraram ter-se tratado de suicídio.


Macharinyang, de 35 anos, havia conquistado três títulos mundiais por equipes consecutivos, entre 2006 e 2008.


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