Na manhã desta segunda-feira, 18, a Polícia Civil do Estado do Acre, por meio do Grupo de Enfrentamento aos Crimes Contra a Ordem Tributária – GECOT – em ação conjunta com a Polícia Civil de Rondônia, Secretaria da Fazenda do Estado do Acre – SEFAZ, Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre – IDAF, Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia – IDARON – e com apoio do Ministério Público do Acre (MP/AC), por meio da Promotoria Especializada de Combate à Evasão Fiscal, deflagrou a 5ª Fase da “Operação Fake Bois”, denominada “A QUEDA DO PEÃO”.
Esta fase da operação deu cumprimento a seis mandados de busca e apreensão, sequestro de seis veículos, prisão preventiva de cinco pessoas, bem como bloqueio de contas bancárias no valor de R$ 2.176.129,66 (dois milhões cento e setenta e seis mil cento e vinte e nove reais e sessenta e seis centavos).
Após o encaminhamento de documentação por parte do IDAF e SEFAZ, indicando possíveis práticas de crimes, foi iniciada a investigação, que durou aproximadamente cinco meses e apontou para a existência de uma organização criminosa que atua nos estados do Acre e Rondônia.
Durante todo o processo investigativo, com apoio dos supracitados órgãos (IDAF, SEFAZ e IDARON) descobriu-se que sentenças judiciais eram utilizadas indevidamente pelos investigados para comércio interestadual sem o pagamento do tributo (ICMS).
Toda a operacionalização do esquema criminoso foi feita em nome de interposta pessoa, um peão de fazenda, que não possui lastro financeiro para legitimar as milionárias transações comerciais. Durante a ação policial foram presas: G.S., 33 anos; F.C.S., 32 anos; B.V.S., 35 anos; R.R.D., 30 anos e C.L.G.C., 35 anos.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Josemar Portes, um dos objetivos da operação é a recuperação do dinheiro público. Tanto é assim, que foram apreendidos sete veículos, incluindo uma carreta avaliada em R$ 1 milhão, carros de luxo, dinheiro vivo, além da expedição de ordens judiciais, pedindo ao Banco Central o bloqueio de mais de R$ 2 milhões de contas ligadas ao grupo criminoso. “Todos esses objetos e valores, após o devido processo legal serão devolvidos ao erário público”, disse Josemar.
Em uma residência que era alvo de busca, a Polícia Civil apreendeu uma arma de fogo e prendeu em flagrante G.S. por posse irregular de arma de fogo. Ele foi conduzindo à Delegacia Central de Flagrantes – Defla.