Mais de 16 mil animais vivem abandonados nas ruas de Rio Branco, estima departamento de zoonoses

Há sete dias, presidente sancionou a lei que proíbe o sacrifício de cães e gatos pelos órgãos de controle de zoonoses. Em Rio Branco, departamento tenta incentivar adoções de pets.

Centro de Zoonoses estima que há 168 mil animais de rua em Rio Branco — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
O abandono de animais de estimação é crime previsto na lei de maus-tratos aos animais, como cães e gatos. Mas nas ruas da capital acreana, cerca de 16,8 mil animais vivem abandonados, segundo dados do Departamento de Controle de Zoonoses. Esse número é bem maior do que em 2019, quando eram 10 mil animais de rua na capital.

Nessas condições, eles podem contrair doenças e até transmiti-las, como a raiva, leptospirose e leishmaniose, podendo infectar outros animais e até pessoas por meio da mordida ou da urina.
O Departamento de Zoonoses de Rio Branco, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, faz o resgate de animais que sofreram maus-tratos, que são vítimas de acidentes ou que estão em situação de risco de saúde. Na sede do centro, eles são tratados por veterinários e cuidados pelos funcionários.
Atualmente, pelo menos 45 animais estão alojados no local. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que proíbe o sacrifício de cães e gatos saudáveis. O decreto foi publicado no último dia 20 no Diário Oficial da União.
“O que nós precisamos de fato é a conscientização dos munícipes da nossa comunidade, uma vez que a educação ambiental, a questão do esclarecimento, posse responsável dos seus animais já diminuiria e muito a posse de animais abandonados e errantes na nossa cidade”, diz Ângela Fortes, chefe do Departamento de Controle de Zoonoses.
A lei entra em vigo daqui quatro meses, porém, segundo Ângela, há muito tempo em Rio Branco não adota-se o sacrifício em massa.

Nós temos atendido essas normativas, essas leis e a gente não trabalha com sacrifício em massa. Agora aquele animal que não teve recuperação, uma vez diagnosticado, com o laudo médico dizendo que esse animal não tem mais condições de está ali, aí sim a eutanásia é feita, mas o sacrifício em massa dos animais há muito tempo já não existe”, destaca.
Além de trabalhar a educação ambiental, o objetivo é estimular a adoção e o resgate de entidade de proteção de animais.
“O departamento de controle de zoonoses está de portas abertas para receber os munícipes, quem quiser um animalzinho, que não compre, que não vá para comprar, olhar raça, espécie, mas vá à zoonose que tem animais castrados e aptos a fazer parte da sua família”, finaliza.

Departamento de Zoonoses incentiva adoção de cães e gatos — Foto: Reprodução/Rede Amazônica


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