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Jovem que ficou com 95% do corpo queimado em acidente com lamparina morre em Rio Branco

O jovem Josué de Souza Amaral, de 20 anos, que teve 95% do corpo queimado após um acidente doméstico com uma lamparina em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, não resistiu aos ferimentos e morreu nesta sexta-feira (8). A informação foi confirmada ao g1 pela mãe dele, Ioneda Souza.


“Os médicos falaram que a infecção se agravou, que ele pegou pneumonia e que também se agravou e por isso ele não resistiu. Não teve como viajar do Acre para fora do estado”, disse a mãe. O corpo deve ser levado para Cruzeiro do Sul, onde a família mora.


Amaral estava internado na UTI do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, e foi transferido no último dia 22 de setembro para uma UTI de isolamento no Pronto Socorro de Rio Branco, após oito dias de espera por uma vaga. A mãe dele chegou a afirmar que iria acionar o Ministério Público Estadual (MP-AC) para que o filho fosse transferido. Como a transferência foi feita, Ioneda não chegou a ir no órgão.


Em resposta, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou uma nota explicando que estava realizando os trâmites necessários para a transferência. Um paciente que estava em um dos leitos de isolamento no PS da capital recebeu alta e com a abertura da vaga foi possível realizar a transferência.


Acidente

Amaral se acidentou no dia 13 de setembro com uma lamparina que causou uma explosão na casa onde ele morava com o pai, no Ramal Bom Vento, entre os municípios de Rodrigues Alves e Mâncio Lima. A casa ficou destruída e eles perderam tudo.


O jovem ficou com 95% do corpo queimado após a casa explodir. Amaral segurava a lamparina, já que a casa onde morava não tinha energia elétrica e, sem saber, foi até um quarto onde havia gasolina quando a explosão aconteceu.


Trabalhador rural ficou com 95% do corpo queimado após acidente com lamparina — Foto: Arquivo pessoal

Trabalhador rural ficou com 95% do corpo queimado após acidente com lamparina — Foto: Arquivo pessoal


Rede de apoio

Amaral tinha se mudado para a casa do pai recentemente e, por isso, não sabia da gasolina armazenada. Eles perderam tudo. A professora Camila Melo, que é coordenadora no ramal onde o acidente ocorreu, disse que não conhece a família, mas que quando ficou sabendo do acidente e resolveu se unir a outras pessoas e pedir ajuda para a família.


Foi montado um posto de arrecadação para quem quiser doa roupas, alimentos, produtos de limpeza, de higiene pessoal e outros itens pessoais para a família. Há pontos de arrecadação em Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul.


Também é disponibilizada uma conta bancária para quem preferir fazer doações em dinheiro. Parte desses recursos, segundo a professora, foi encaminhado para Ioneda gastar enquanto ficou com o filho na capital acreana.


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