Indígena dissidente da Etnia Shawãdawa nega que esteja usando o nome da aldeia para se promover indevidamente no sul do país

Após a denúncia feito na Polícia Federal, no Ministério Público Federal e na Funai pelo cacique José Maria e outras lideranças sobre a acusação de que pessoas que não moram na aldeia Shawãdawa estariam usando de forma indevida o nome da tribo para se beneficiar financeiramente e até criando de forma clandestina, novas aldeias sem o conhecimento da Funai.
Após a reportagem o indígena que participou do programa Caldeirão do Huck, Txãnda Shawã enviou um vídeo explicando que o seu trabalho fora da aldeia ajuda a fortalecer a cultura do seu povo e que não está fazendo nada de ilegal. “Sou estudante da medicina e estou levando a voz de uma nação porque tenho todo direito como indígena”.
Ele afirma que abandonou a aldeia porque a liderança está envolvida com religião e ele não tinha oportunidades. O indígena disse ainda que atualmente tem a parceria com a prefeitura de Porto Walter para desenvolver o trabalho de fortalecimento de turismo com a nova aldeia criada por ele e a esposa, onde realizaram eventos com a participação de turistas brasileiros e estrangeiros. “Temos a parceria com o prefeito de Porto Walter que apoia a parte de turismo e saímos sim da aldeia porque não tínhamos ajuda de fortalecimento que não nos dava oportunidade”.
A mulher acusada pelo cacique de estar criando aldeias clandestinas, diz que o projeto que a levou ao programa de TV e receberam mais de cem mil reais, é um projeto da aldeia Arara Encantada, criada por ela e pelo esposo. “Esse valor foi todo designado para o povo que mora na aldeia Arara Encantada”.


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