A doença que matou mais de 600 mil pessoas no País vem em curva descendente graças ao aumento no número de vacinados
OBrasil atingiu nesta quarta-feira, 20, um marco importante na vacinação contra a covid-19: mais de 50% da população está com o esquema vacinal completo. Se no início da campanha as pessoas se emocionavam ao tomar a primeira dose, agora a sensação é de grande alívio. A doença que matou mais de 600 mil pessoas no País vem em curva descendente graças ao aumento no número de vacinados. Claro que não se pode baixar a guarda e medidas restritivas ainda são necessárias. Mas muitos já olham para frente com esperança na expectativa de uma retomada.
Se no “novo normal” as aulas eram virtuais, os shows ocorriam em formato de lives e as reuniões aconteciam com cada um em sua casa, agora a vida se desenha de uma maneira que já conhecemos melhor. Aos poucos o velho cotidiano está voltando. “Eu me sinto, até como personalidade, como influenciadora, honrada de lembrar as pessoas do avanço na nossa civilização que foi a vacina, gente! E é nítido essa queda de casos, a gente está vendo a vacina funcionar, graças a Deus. Então é óbvio que precisamos de vacina”, disse a atriz Marisa Orth, lembrando que as pessoas estão conseguindo ir ao teatro com o comprovante de imunização. “É um prazer enorme estar voltando agora. Tem um gostinho, sim, de resistência, de reencontro, de valorização das coisas do dia a dia, que acho que todo mundo passou por isso. Então, para o teatro, acho que é um momento de luxo, de celebração, de amor mesmo.”
A classe artística sofreu um impacto grande no período mais duro da pandemia. Shows e eventos foram cancelados e os próprios artistas tiveram de se reinventar. Ney Matogrosso, de 80 anos, fez no início do mês o primeiro grande show após o período de isolamento social provocado pela covid-19. Para ele, foi uma apresentação simbólica e marcante. “Foi um dia especial e eu fiquei muito feliz por estar voltando, estava me sentindo muito bem ali no palco. Ninguém podia se levantar, chegar perto do palco ou tirar a máscara. E isso foi respeitado. Foi a primeira vez em que não recebi pessoas no camarim depois de uma apresentação. Meio estranho isso, mas não dava para receber mesmo”, contou.
O cantor revela que esperava que esse período de distanciamento durasse até mais tempo, mas festejou o retorno aos palcos seguindo todos os protocolos. “É bom sentir a vida voltando. Já tenho agenda de shows até o Rock in Rio Lisboa, em junho de 2022. Tudo o que estava paralisado está sendo retomado. Com cuidado, mas está. Ter me vacinado foi importantíssimo. Se não tivesse feito isso, não estaria vivendo essa volta”, explica.