Falha no campo magnético sobre SC pode ter impactos mundiais

A imagem de uma anomalia magnética no Sul e Sudeste do Brasil, especialmente acima de Santa Catarina, chamou atenção e gerou um certo mistério nas últimas semanas.
De acordo com o professor de astrofísica e engenheiro aeroespacial da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Alexandre Zabot, o fenômeno, chamado de Amas (Anomalia Magnética do Atlântico Sul), é conhecido pelos pesquisadores e base de estudo há décadas.
Primeiro, é importante explicar que o campo magnético é importante para a proteção do planeta Terra, especialmente de partículas carregadas que vem do sol”, ressalta o professor.
O campo magnético é gerado devido o movimento e alta temperatura do magma. Como resultado, ocorre a liberação de elétrons e gera o campo magnético.
“A Terra tem esse campo magnético que vai pelo espaço e acaba aprisionando partículas  carregadas de radiação e geradas pelo sol. Carregadas pelo vento solar, essas elas [partículas] ficam presas no campo magnético, gerando cinturões de partículas, chamado de Cinturão de Van Allen”, complementa.

Os satélites como, por exemplo, o telescópio espacial Hubble pode ser desligado ao passar perto por conta da exposição. Assim como a passagem pela área provoca insegurança e é necessário uma série de cuidados para uma estação espacial”, ressalta o professor.
Ainda de acordo com o professor Alexandre Zabot, a anomalia do Atlântico Sul sofre mudanças com o tempo por conta de mudanças na terra, ou seja, por conta do magma, a atuação do Cinturão de Van Allen e mudanças no sol.
“Sempre estará acima Santa Catarina, mas com variações ao longo do tempo e de séculos”, finaliza o engenheiro.
 


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