A justiça alemã está julgando atualmente 10 idosos alemães que são suspeitos de ter participado de inúmeros assassinatos durante a Segunda Guerra Mundial.
Entre os acusados está Josef S, de 100 anos, suspeito de ter construído para o assassinato de 3.518 pessoas durante o conflito.
No tribunal, Josef segurou um fichário sobre o rosto durante todo o tempo do seu depoimento para esconder o rosto. A suspeita é de que o aposentado tenha trabalhado no campo de concentração Sachsenhausen, próximo da capital alemã Berlim.
De acordo com um estudo feito por especialistas, o campo de Sachsenhausen teria mantido próximo de 50 mil pessoas no local, as quais morreram de fome, trabalho forçado, execuções e vítimas de experiências médicas.
“O réu, de forma consciente e voluntária, ajudou e incitou isso, pelo menos cumprindo conscienciosamente o dever de guarda, que foi perfeitamente integrado ao sistema de assassinato”, disse o promotor Cyrill Klement no tribunal.
Em sua defesa, o advogado do idoso, Stefan Waterkamp, deixou claro ao tribunal na última quinta-feira (7) que Josef “apenas fornecerá informações sobre sua situação pessoal”.
O advogado Thomas Walther, que representa os sobreviventes e parentes das vítimas, espera que Josef forneça mais informações.
“Um homem não é feito de pedra, não é uma máquina. Talvez ele ainda diga algo.”, avaliou.