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Acreana de 11 anos pode ser responsável por descobrir asteroide em programa da Nasa

Foto: Reprodução

Caça Asteroides é um programa de abrangência nacional e internacional desenvolvido em parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA), com objetivo de popularizar a ciência entre cidadãos voluntários.
O projeto tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia (IBICT), ambos vinculados ao MCTI, além da Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (SEDUC).
O programa Caça Asteroides busca proporcionar a “cientistas cidadãos” a oportunidade de fazer descobertas astronômicas originais e participar da astronomia prática. A atividade tem se tornado uma febre entre jovens em todo o país, como é o caso da estudante Anna Lya Menezes Cardoso, de Xapuri.
Uma das participantes do programa, Anna Lya, que tem 11 anos e cursa a 6ª série do ensino fundamental, poderá ser a primeira acreana a detectar um asteroide, caso o objeto encontrado por ela, por meio de imagens de telescópios oferecidas pela plataforma, seja confirmado pela NASA.
A acreana está entre os participantes cujas descobertas passaram para preliminar do programa para a confirmação pela Agência Espacial Americana. Fascinada por assuntos que envolvem o espaço e por tecnologia, o sonho dela é ser engenheira aeroespacial e uma possível astronauta.
Sempre muito criativa e estudiosa, Anna Lya resolveu participar do Clube de Ciências Nicolinha & Kids, idealizado por Nicole Oliveira, natural do estado de Alagoas, que é considerada como a astrônoma amadora mais jovem do mundo. Ela já encontrou sete asteroides e aguarda a confirmação da NASA para batizá-los.
O Clube Nicolinha & Kids oferece diversas oportunidades a crianças que gostam de ciências. A própria Nicole, ganhou, por meio da sua iniciativa, uma bolsa de estudos parcial para cursar inglês pela CCAA e participa de um curso de astronomia com aulas e palestras sobre variados temas com professores renomados de diversas universidades.
A acreana Anna Lya e sua família sabem das dificuldades que têm pela frente, em razão da dificuldade de acesso a essa ciência na região Norte. No entanto, no que depender de sonhar alto e estudar muito, a jovem estudante xapuriense, que atualmente está radicada em Rio Branco, promete seguir firme em seu propósito.
“Meu interesse por essa área surgiu quando eu vi minha mãe dando aulas sobre astronomia e ciências, e eu também sempre tive curiosidade sobre o espaço. A ciência e a astronomia são importantes para mim porque acho que elas podem me levar a lugares incríveis”, diz a estudante.
Anna Lya ainda afirma que está se preparando para no ano que vem participar da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), da Olímpiada Nacional de Ciências (ONC) e da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). Convicção de que seu futuro depende dos estudos ela demonstra ter de sobra.
A mãe de Anna Lya, a professora Alanna Cardoso, que leciona ciências e química para o ensino fundamental, considera que o interesse pela ciência e a iniciativa de participar de atividades como o programa Caça Asteroides e do Clube Nicolinha & Kids estão fazendo uma grande diferença no desenvolvimento da filha.

“Vejo um brilho diferente nos olhos da minha filha e nós decidimos apoiá-la como podemos, pois os sonhos dela são os meus, a felicidade dela é a minha, e a rotina de estudos dela sido de dedicação e pontualidade. Ela sonha alto e faremos o que estiver ao nosso alcance para realizar esse sonho”, afirmou.
A Coordenadora-geral de Popularização da Ciência no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Silvana Copceski Stoinski, ressalta que objetivo do programa é promover a popularização da ciência despertando o interesse em estudantes na área da pesquisa tornando o cidadão um verdadeiro cientista pesquisador.
Silvana é formada em Matemática e desenvolve há 10 anos alguns dos mais importantes projetos na área de astronomia e astronáutica no Brasil, com reconhecimento da NASA, do Observatório de Virgínia, nos Estados Unidos, e da IASC, que coordena o projeto internacional de caça a asteroides.
As buscas por asteroides realizadas pelos participantes do programa são realizadas por meio de um aplicativo que a NASA e o IASC disponibilizam, o “Astrométrica”. Ele possibilita o fornecimento de imagens de um telescópio, chamado Pan-Starrs, da Universidade do Havaí.


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