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VÍDEO: ‘Traficantes ostentavam com carros de luxo e muito dinheiro’, afirmam delegados

As investigações da Polícia Federal apuraram que os criminosos usavam empresas de fachadas para lavagem de dinheiro
Os delegados Alan Wagner Nascimento Givigi e Agostinho Gomes Cascardo Junior passaram mais informações sobre a Operação Carga Prensada realizada pela Polícia Federal nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (15) em Rondônia e mais sete Estados.
Conforme os delegados, a sede da organização criminosa era instalada em Vilhena (RO). Os traficantes ligados a uma organização criminosa que atua em todo o Brasil levavam cocaína de Rondônia para o sudeste do país. O bando também trazia maconha do Estado do Mato Grosso do Sul para vender em Rondônia e Acre.
As investigações da Polícia Federal apuraram que os criminosos usavam empresas de fachadas para lavagem de dinheiro. Uma delas no ramo de apostas chegava a fraudar os jogos para que membros da organização fossem sempre os vencedores das premiações em dinheiro. A empresa era sediada em Rondônia.
O bando ousado se exibia nas redes sociais com muito dinheiro e carros de luxos. Entre os quase 150 veículos apreendidos durante a operação estão Camaro, Porsche, Land Rover, entre outros. Uma aeronave também foi apreendida.
O chefe da organização criminosa ostentava nas redes sociais com um bracelete de ouro avaliado em cerca de R$ 130 mil. Ao todo 45 pessoas estão com mandados de prisão acusadas de envolvimento no esquema criminoso de tráfico de drogas interestadual.
No final da tarde de hoje a Polícia Federal irá emitir uma nota com a quantidade de prisões realizadas.
Relembre a Operação
A Polícia Federal deflagrou nessa quarta-feira, 15/09/2021, a OPERAÇÃO CARGA PRENSADA, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas em grande escala no território brasileiro e diversos outros delitos relacionados, como comércio ilegal de armas de fogo, lavagem de capitais e falsidade ideológica.
Mais de 270 policiais cumprem 45 mandados de prisão e 63 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Conforme apurado no Inquérito Policial, os membros da organização criminosa são responsáveis pelo envio de grandes quantidades de cocaína de Rondônia para diversos outros estados brasileiros. Ao mesmo tempo, o grupo realizava a aquisição de cargas de maconha do Mato Grosso do Sul para serem distribuídas nos estados de Rondônia e Acre. Durante a fase sigilosa da investigação, que teve início no final de 2019, mais de 2,5 toneladas de drogas foram apreendidas.
Além das prisões e buscas, houve o bloqueio de contas utilizadas pelos investigados e suas empresas, sequestro de cerca de 150 veículos – muitos dos quais de luxo -, suspensão de atividades de empresas relacionadas à lavagem de capitais, medidas cautelares diversas da prisão e até bloqueio de contas da ORCRIM em redes sociais. Dentre os bens sequestrados, constam imóveis, uma aeronave e uma lancha, todos adquiridos com valores obtidos com atividades ilícitas.
Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas (Art. 33 da Lei 11.343.06), associação para o tráfico (Art. 35 da Lei 11.343.06), lavagem de capitais (Art. 1º, caput, da Lei nº 9.613/98), organização criminosa (Art. 2º, caput, da Lei nº 12.850/13), falsidade ideológica (Art. 299 do Código Penal) cujas penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
Os mandados cumpridos nesta data foram expedidos pelo Juízo Estadual da 2ª Vara Criminal da Comarca de Vilhena/RO e há colaboração da Polícia Militar e do Ministério Público de Rondônia durante a deflagração da operação.
A operação foi denominada “Carga Prensada” em referência à forma como a droga era transportada em meio a cargas em veículos de grande porte.


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