Manifestação tradicionalmente paralela aos desfiles cívico-militares do Dia da Independência, o Grito dos Excluídos repetirá neste ano em Salvador o tom crítico à gestão do governo federal diante das atuais crises institucional, sanitária e econômica. Com bandeiras, faixas e cartazes, a 27ª edição do evento terá concentração no Campo Grande, a partir das 9h.
Segundo os organizadores, quem participar dos protestos terá que seguir as medidas sanitárias contra a Covid-19, como o uso de máscara e distanciamento seguro.
Sob os motes “Fora, Bolsonaro” e em “defesa da vida”, o ato na capital baiana será capitaneado por partidos de esquerda, movimentos sociais e centrais sindicais, como a CUT, o Sindipetro e a APUB (Sindicato dos Professores).
Além da defesa da educação e do serviço público, a entidade que representa os docentes se posicionará contra a iminente aprovação da PEC 32/2020, proposta de reforma http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa apontada como danosa à carreira e condições de trabalho da categoria.
Também estarão em pauta questões relacionadas à vacina, ao aumento da fome, desemprego e privatização de estatais.
De acordo com a executiva municipal do PT, o partido irá às ruas com o ‘Bloco Fora, Bolsonaro’, cujas bandeiras incluem a defesa da democracia, empregos, auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e contra o aumento da inflação.
A ação também acontece em parceria com a Campanha da Fraternidade 2021, da Igreja Católica, que tem como tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”.
“Agora, mais do que nunca, precisamos ir às ruas contra este governo genocida e antidemocrático que está destruindo o Brasil. Apenas a classe trabalhadora é capaz de, nas ruas, lutar contra este governo e propor um projeto democrático para um novo Brasil, de todos e todas. Somente as ruas podem construir esse caminho, efetivando o Fora Bolsonaro e reconstruindo o País. O 7 de setembro será um Grito de Independência do povo em relação a esse desgoverno”, diz Ademário Costa, presidente do PT Salvador.
“O Grito dos Excluídos e das Excluídas é um processo de construção coletiva, é muito mais que um ato. Por isso, nossa luta não se encerra no dia 7 de Setembro”, afirma a coordenação do movimento, realizado pela primeira vez em 7 de setembro de 1995,
“Nossa luta é uma maratona, não é uma corrida de 100 metros. O Grito é uma manifestação popular carregada de simbolismo, espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas da população mais vulnerável”, diz a organização.