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PM bissexual é afastada da patrulha Maria da Penha no Acre: “praticamente expulsa”

A cabo da Polícia Militar do Acre, Lígia Messias, acabou afastada de suas funções na Patrulha Maria da Penha, onde atendia mulheres vítimas de violência doméstica. A militar revelou o afastamento nesta terça-feira, 28, por meio de rede social. Ela garante que adorava o trabalho social que realizava dentro da instituição, mas que “foi praticamente expulsa da pior forma”, declarou.
Aos seguidores, Lígia afirmou que não saiu da corporação, apenas da patrulha Maria da Penha e acredita que sua orientação sexual possa ter influenciado. “Eu cuidava dessas mulheres, muitas delas eu tinha como amigas, irmãs. Porém tive que sair da pior forma possível”. Ela diz não poder contar detalhes, mas que resumidamente foi isso que aconteceu.
“Eu amava o que eu fazia, mas o sistema é cruel demais. Depois que me assumi bissexual ficou complicado para mim continuar lá”. Numa publicação, ela continuou o assunto alegando carregar dores. “Por isso ninguém entende minhas atitudes, porque ninguém passou na pele o que eu passei, ninguém sentiu o que eu senti”.
Um documento oficial da PM determina que a policial militar seja afastada do exercício de suas funções e, por consequência, seja posta à disposição única e exclusiva do conselho de disciplina, além de determinar à corregedoria geral que adote as demais providências.
“Isso tudo estou passando só por ser o que eu sou hoje, a Lígia. Não cometi nenhum crime, meu maior crime é ser quem eu sou e falar a verdade. O mundo não aceita a verdade e quer ter expulsar”, comentou.


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