No Acre, 1ª quinzena de setembro acumula mais queimadas que o total do mês em 2020

Em 2020, o Acre acumulou 1.888 focos de queimadas entre os dias 1º e 15 de setembro. Em 2021, nesse mesmo período, o estado já tem 2.278 focos de queimadas. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Depois de um fim de semana em que houve redução dos índices de queimadas, conforme os dados divulgados pelo instituto, os focos voltaram a aumentar nos últimos dois dias. Nas últimas 48 horas, o Acre registrou mais de 650 focos de queimadas.
Os dados do INPE também demonstram que os picos de queimadas sempre ocorrem em setembro, desde o começo da série histórica, em 1998, com exceção do ano de 2005, quando o pior mês em número de focos de calor foi agosto.
Em 2021, o Acre acumula 5.989 focos de queimadas, o que representa 1% a mais do que o registrado no ano passado, quando o estado teve 5.932 focos de queimadas entre 1º de janeiro e 14 de setembro.
Com 1.388 focos de queimadas, o município de Feijó é o primeiro do Acre em quantidade de registros e o 9º colocado no ranking nacional. Em setembro, Sena Madureira é o município com os maiores índices no estado e o 2º no país.
No cenário geral, o Brasil está tendo um ano com um índice de queimadas 17% menor que no ano passado – 111.070 focos deste ano contra 133.974 do ano passado. A maior redução é observada no bioma Pantanal, com 79% de diminuição de focos de calor.
No caso do Pantanal, apesar da redução mostrada pelo INPE, a situação continua dramática, a exemplo do ano passado. A área atingida pelo fogo este ano no bioma já é maior que a média histórica da região.
O maior crescimento do número de queimadas em 2021 por biomas se dá na Caatinga, com 120% mais focos de queimadas que no ano passado. A Amazônia apresenta, até a primeira quinzena de setembro, redução de 26%.


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