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Justiça recebe denúncia contra policial penal que tentou entrar com droga em presídio no AC

A Justiça do Acre recebeu denúncia contra o policial penal Francisco Jeferson Gomes de Morais preso no último dia 11 de junho quando chegava para trabalhar no Complexo Penitenciário de Rio Branco levando drogas.


Agora réu no processo, ele responde pelo crime de tráfico de drogas. O G1 entrou em contato com o advogado do policial, Iocidney de Melo Ribeiro, mas ele afirmou que, como o caso está em segredo de Justiça, não iria se manifestar.


Junto com ele também foi preso o policial penal Genildo Gabriel da Silva que levava cartas, chips de celulares e cartões de memórias para dentro da unidade.


Com Morais, a polícia encontrou 13 volumes de maconha, escondidos no coturno, pesando cerca de 600 gramas. A prisão dos policiais foi feita por uma equipe da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Os dois estão presos na Unidade Prisional 4, em Rio Branco.


Ao receber a denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), o juiz da 3ª Vara Criminal, Raimundo Nonato, afirmou que foram evidenciadas, em princípio, a materialidade e autoria do crime.


Ainda na decisão, o magistrado determinou que seja marcada, com urgência, a audiência de instrução e julgamento e deu ainda um prazo de cinco dias para o MP-AC se manifestar a respeito do pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa do policial.


O juiz também oficiou o delegado responsável pelo inquérito policial para que conclua a perícia nos celulares que foram apreendidos na operação. Também na decisão, foi autorizado que a defesa tenha acesso ao caderno de anotações apreendido pelos agentes da Denarc. Foi negado o pedido para que seja juntado ao processo as imagens de câmeras de segurança.


Prisão

Logo após a prisão dos policiais, o diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), Arlenilson Cunha, disse que a Polícia Penal tinha recebido informações e estava suspeitando da ação dos dois servidores. Foi então que repassaram a informação para a Polícia Civil, que iniciou as investigações e conseguiu flagrar a dupla.


“Infelizmente, não é uma notícia agradável, no entanto, isso traz o sentimento de dever cumprido dos bons policiais, daqueles que zelam pela segurança, pela ordem pública. As instituições vão estar sempre trabalhando em conjunto para combater o crime organizado e aqueles também que utilizam de informação privilegiada, que teriam que combater a entrada de ilícitos e estão aí, de certa forma, favorecendo. Vamos continuar combatendo qualquer tipo de desvio de conduta de policiais penais e servidores que, porventura, se deixe levar”, afirmou Cunha.


Após a prisão, os policiais civis foram até a casa de um dos investigados e, no local, foram apreendidos R$ 15 mil em espécie e uma pistola calibre 380, além de três celulares e um carro.


Conforme informações do processo, o cartão de memória encontrado com Genildo continha diversas pastas com informações de familiares de presos. Entre elas, uma carta da esposa de um preso para ele. A polícia também achou conversas do policial penal com familiares de presos dos pavilhões A, B, C, D, E, O e, principalmente, P, onde ocorreu fuga na madruga do dia 15 de junho.


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