Ibama contrata mais de 1,5 mil brigadistas, o equivalente a 89,8% do previsto no edital

Com as recentes contratações de brigadistas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atingiu a marca de 1.501 profissionais contratados para atuar na gestão, prevenção e combate ao fogo em áreas críticas, o que representa 89,8% do total de 1.673 previstos. Em novembro, serão contratados outros 172 brigadistas para atuarem em Roraima e no sul da Bahia, período crítico na região.


Por lei, os brigadistas do Prevfogo podem ser contratados apenas por um período de até 6 meses e de acordo com as realidades regionais, atendendo os períodos com maior demanda. No cerrado, por exemplo, o período com maior índice de focos de incêndio começa em junho. Os focos de incêndio são identificados a partir de monitoramento por satélite feito pelo INPE.


Em 2021 o Ibama contará com 83 brigadas, 10 a mais que em 2020. Além disso, localmente os brigadistas também efetuam rondas preventivas e montam pontos de observação em locais estratégicos. A atuação direta do Programa de Brigadas Federais, atualmente, atinge uma área superior a 18,5 milhões de hectares. Mas, quando demandados, atuam em Unidades de Conservação (UC) Federais (de responsabilidade do ICMBio) e, também, em UCs Estaduais e Municipais.


Todos os contratados passam pelo Curso de Formação de Brigadista Florestal, depois podem fazer cursos de Manuseio de moto-serra, de Rapel, de Educação Ambiental, de Alternativas ao Uso do Fogo, dentre outros. Eles também recebem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) apropriados para o combate (gandola, calça, coturno, luvas, capacete, óculos etc), além de ferramentas e equipamentos (motobombas, turbo-sopradores, motosserras etc). Também são disponibilizados veículos adaptados, como viaturas 4×4, caminhões e helicópteros.



Brigadas de Pronto Emprego

As Brigadas de Pronto Emprego do Ibama atuam como uma força de elite no combate aos incêndios florestais, operando principalmente em ações de combate ampliado. Em julho, os brigadistas participaram de treinamento com recursos aéreos para combater incêndios florestais no Brasil. A capacitação aconteceu antes do período crítico de incêndios no país, garantindo equipes ainda mais preparadas para eventuais necessidades. A mobilização das brigadas de Pronto Emprego ocorre em menos de 24 horas para qualquer região do país. Com a utilização de aeronaves e recursos tático aéreo, como a descida de rapel, o combate ganha mais eficiência e agilidade, garantindo melhores resultados.


Pela primeira vez, atuação de mulheres indígenas

No final de agosto, o Ibama concluiu a formação de brigada voluntária para 29 mulheres indígenas da etnia Xerente, em Tocantínia (TO). O curso foi realizado pelo Prevfogo em parceria com a Associação dos Brigadistas Akwe de Prevenção e Controle às Queimadas e Combate a Incêndios Florestais (Abix), o Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).


O povo Xerente já conta com brigada especializada, mas é a primeira vez que o treinamento é voltado exclusivamente para mulheres indígenas. A capacitação envolve conceitos de educação ambiental, comportamento do fogo, organização, segurança, equipamentos de proteção, uso e manutenção de ferramentas, técnicas de queima controlada e mobilização.


Foram formadas uma chefe de brigada, quatro chefes de esquadrão e 24 brigadistas. Além de realizar ações educativas junto à comunidade, a nova equipe também irá reforçar o quadro de brigadistas na terra indígena, que antes contava com 22 e agora totaliza 51. A região registra significativos focos de calor no estado e a situação é ainda mais grave durante o período da seca.


Treinamento para resgate de animais

O Ibama, em parceria com a Fundação Jardim Zoológico de Brasília, realizou em setembro uma capacitação de brigadistas para realizar manejo e resgate de animais silvestres afetados por incêndios florestais. A ideia é minimizar os efeitos das queimadas sobre a fauna silvestre em situação de risco. O curso teve duração de 20 horas e abordou técnicas de manejo, contenção de mamíferos, aves, répteis, além de noções básicas de primeiros socorros, uso de equipamentos e procedimentos de segurança. A parte prática foi realizada nos recintos e hospital veterinário do Zoológico.


Com informações do Ibama


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