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Em cerimônia coletiva inédita na Comunidade do Croa, 24 casais dizem sim ao matrimônio

O cenário era o paradisíaco Rio Croa, cercado por uma floresta rica em sumaúmas, no coração de Cruzeiro do Sul. Lá, noivas e noivos vestidos à caráter desembarcavam de barcos a motor por volta das 8h30 desta quarta-feira, 29, prontos para o primeiro casamento coletivo realizado na Comunidade do Croa, distante 21 quilômetros do município.
Dos 24 casais que oficializaram a união, boa parte mora na própria comunidade, enquanto outros vieram da área urbana de Cruzeiro do Sul e até mesmo da Comunidade Patoá, às margens do Rio Valparaíso.
Foi o caso dos agricultores Ivonaldo Lima, 26, e Ana Clícia da Silva, 17, que viajaram de barco por oito horas para a realização de um sonho. “Logo que soubemos do casamento coletivo, fizemos o nosso cadastro para participar. Como moramos na Comunidade Patoá, um dia antes do casamento saímos de barco e dormimos em Cruzeiro do Sul para poder chegar aqui hoje sem atrasos”, conta o noivo.
A noiva está esperando o primeiro filho do casal e quando se preparava para começar o enxoval do bebê, deu prioridade ao vestido branco para concretizar um desejo do casal, que já vinha planejando o casamento, mas não imaginava que poderia acontecer antes do nascimento do filho. “A gente queria muito casar e agora ganhamos uma festa linda, em um local lindo, e quando o nosso filho nascer, já estaremos casados”, disse a noiva.


O local perfeito para o grande dia

A sensação de paz em meio ao verde da floresta ficará para sempre na memória do casal Míriam Lucena, 25, e José Albano da Silva, 32. Ela, auxiliar http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa, e ele autônomo, ambos vivem uma rotina corrida na área urbana de Cruzeiro do Sul. Mas nesta quarta-feira, o casal viveu um dia de celebração e paz, em um local que, segundo eles, só a natureza é capaz de proporcionar.


A sensação de paz em meio ao verde da floresta ficará para sempre na memória do casal Míriam Lucena e José Albano da Silva Foto: Pedro Devani/Secom

O casal aproveitou a decoração natural, incrementada com a construção de balanços e trapiches que abrilhantam o turismo da região do Croa para fazer uma sessão de fotos. A noiva falou da satisfação em escolher o “local perfeito”: “Viemos da cidade viver esse grande sonho no Croa e estamos muito felizes por essa escolha. É um local perfeito para o grande dia. Quando sairmos daqui estaremos casados no civil e faremos em outro dia uma cerimônia religiosa para receber a nossa família em Cruzeiro do Sul”, disse a noiva.


A função social do casamento

O casamento coletivo foi um atendimento ao pedido da Comunidade do Croa, feito ao governo do Estado, por meio do Gabinete da Primeira-Dama do Estado e da Secretaria de Estado de Assistência Social dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM), que já atuam na região desde o início desta gestão com diversos serviços socioassistenciais.


Casamento coletivo foi um atendimento ao pedido da Comunidade do Croa, feito ao governo do Estado Foto: Pedro Devani/Secom

A partir daí, o Poder Executivo procurou o Judiciário para a realização de mais uma edição do Projeto Cidadão, dessa vez no meio da floresta acreana, com uma decoração que era a própria natureza.


Juiz de paz Érick da Fonseca Fahat oficializou a união dos casais em um pequeno salão de madeira próximo ao Rio Croa. Foto: Pedro Devani/Secom

Ao som de pássaros e de idas e vindas das embarcações locais, o juiz de paz Érick da Fonseca Fahat oficializou a união dos casais em um pequeno salão de madeira próximo ao rio, que para chegar até lá, é necessário uma viagem curta de 20 minutos de barco.
Ele iniciou a cerimônia falando sobre a função social do casamento, que estabelece comunhão plena de vida, e que a lei não utiliza essa expressão à toa. “Esse encontro de vidas aqui neste lugar evidencia isso. Estamos aqui reunidos porque existem pessoas que se preocupam uma com a outra, desejam a companhia uma da outra e mais do que isso, valorizam a relação. A afetividade é quem deve presidir a relação de uma família e de um casal”, orientou o juiz.


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