Dez cidades do Acre estão em alerta máximo devido ao aumento de casos de diarreia. Dados do Núcleo das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (NDTHA) da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) mostram que o aumento, em algumas cidades, iniciou a partir do dia 25 de julho, que corresponde à semana epidemiológica 30.
O alerta epidemiológico do núcleo revela ainda que outros oito municípios começam a apresentar aumento nos casos e já entraram na situação de alerta. Apenas as cidades de Manoel Urbano, Porto Acre, Porto Walter e Senador Guiomard estão com alerta mínimo.
Ao G1, a chefe do núcleo, Débora dos Santos Gonçalves, explicou que, normalmente, esses casos são registrados a partir da semana epidemiológica 40, que é no início de outubro, contudo, este ano algumas cidades apresentaram casos dez semanas antes.
Esse é o caso de Tarauacá, no interior do estado. O município é um dos que está em alerta máximo e soma 457 casos de diarreia entre 25 de julho a 30 de agosto. Outra cidade na mesma situação é Cruzeiro do Sul, município vizinho.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruzeiro do Sul, 80% dos atendimentos são de pessoas com diarreia e vômito. Nas últimas duas semanas, a unidade registrou uma média diária de 115 pessoas atendidas com os sintomas.
“Foram várias equipes já para os municípios esta semana, na verdade, desde à semana 30 que estamos indo e fazendo o trabalho e plano de ação para justamente baixar os casos. Fazemos o trabalho de conscientização com a população, a coleta tanto de material dos pacientes e de água para identificarmos o que está acontecendo”, destacou Débora.
A profissional acrescentou que ainda não há uma suspeita referente ao surto nas cidades. Ela disse que aguarda o resultado dos exames e laudos para saber o que tem acontecido. Além das campanhas educativas e preventivas, Débora falou que os pacientes que procuraram uma unidade de saúde com os sintomas são acompanhados pelos agentes de saúde.
“Temos um serviço de Vigiágua [Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano] que trabalham com determinantes químicos e ambientais e têm vários programas de vigilância da água, do solo e trabalham justamente com os municípios sobre as águas dos rios, do Depasa, e dos alimentos da cidade”, descreveu.