O Acre inaugurou a primeira fábrica de óleos vegetais do estado nesta segunda-feira (27). A destilaria fica em Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá, interior do estado, e vai atender 28 famílias de cooperados da região. A fábrica vai produzir, principalmente, óleo de citronela que é usado no combate contra ao Aedes aegypti, mosquito que causa a dengue e outras doenças.
Além do Acre, a destilaria deve comercializar óleos para outras regiões do país, como São Paulo que já tem comprador interessado no óleo de citronela.
A fábrica foi concluída há mais de três anos, estava fechada e passou a funcionar nesta segunda. A obra para construção do espaço foi orçada em quase R$ 1 milhão e iniciou em 2016.
Ela é http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrada pela Cooperativa dos Produtores de Citrus Essências do Vale Juruá, que conta com 28 associados e tem capacidade de produzir 14 toneladas de vapor por hora.
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Fábrica pode produzir 14 toneladas de vapor por hora em Cruzeiro do Sul — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
O óleo produzido em Cruzeiro do Sul já passou por testes e teve a eficácia comprovada contra o mosquito da malária e dengue.
A expectativa da cooperativa é lucrar R$ 28 mil por cada hectare plantada com citronela. A citronela costuma dar duas safras por ano, sendo que a primeira demora entre nove e dez meses para ser colhida.
A cooperativa trabalha com citronela, mas tem a capacidade de fazer a extração também de óleo de buriti e açaí, frutos muito comuns no estado acreano.
José Maria é um dos produtores da região e diz que o projeto existe desde 2015 e era um sonho que se realizou nesta segunda. Ele conta que espera aumentar o número de cooperados para também aumentar a produção.
“É um momento de alegria e nossa esperança é de que possamos trabalhar com isso, que possamos encontrar as pontas abertas, conseguir recursos para trabalhar. Todos trabalhamos com a plantação da citronela, alguns desistiram de plantar por causa do tempo que as máquinas ficaram paradas. Agora que viram que as máquinas vão funcionar vão voltar”, afirmou.
O produtor defendeu que o óleo produzido na destilaria tem 15% a mais de citronela que outros óleos obtidos em outras fábricas. “Tem 15% a mais de fixador, que é aquele produto que cola no perfume, na roupa e no corpo. Então, é muito procurada, já tem proposta de uma perfumaria de São Paulo para comprar toda a nossa citronela”, revelou.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/B/o/w7Ef6FTHu8kT6D3sYbTg/screenshot-20210927-194137-2.png)
Óleo de citronela deve ser comercializado para outros estado brasileiros — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Produção
O químico Alceu Borges disse que, por dia, é possível trabalhar com sete a oito toneladas de citronela. Depois de batido, serão fabricados de 50 a 70 litros diariamente. Ele falou também que será produzido anualmente até 100 hectares de citronela por ano.
“Tivemos um período onde ficou um pouco solto, a http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração pública, talvez, não acreditou, mas os produtores acreditaram, nós encontramos apoio e autoridades que assumiram o compromisso com isso. Parece um sonho, porque não temos ainda na região Norte uma indústria de destilação. Quando falávamos os próprios engenheiros tinham dúvidas de como seria, mas sentamos e fomos desenhando como seria e conseguimos instalar os equipamentos”, destacou.