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Com quase 460 casos registrados, Tarauacá tem surto de diarreia e Saúde investiga causa

A saúde da cidade de Tarauacá, interior do Acre, também está em alerta devido a um surto de diarreia registrado desde o final do mês de julho. Entre os dias 25 de julho e 30 de agosto foram atendidos 457 casos de diarreia em unidades de saúde da cidade.


Os dados são correspondentes as semanas epidemiológicas 30 a 34. O pico dos registros foi entre os dias 15 a 21 de agosto, quando foram atendidos 122 pessoas.


  • Semana epidemiológica 30 – 61 casos;
  • Semana epidemiológica 31 – 77 casos;
  • Semana epidemiológica 32 – 106 casos
  • Semana epidemiológica 33 – 122 casos;
  • Semana epidemiológica 34 – 91 casos.

“Nosso pico de casos costuma ser na semana 40, nos últimos 10 anos, e veio bem diferente este ano pegando todo mundo de surpresa. Nossos agentes de saúde das áreas estão indo acompanhar os pacientes de perto, todos que tiveram diarreia estão sendo consolidados”, explicou a coordenadora da atenção básica de Tarauacá, Glória Braz.


Cruzeiro do Sul também vem registrando nas últimas semanas um aumento no número de casos de pessoas com diarreia. Na unidade de pronto-atendimento da cidade (UPA), atualmente 80% dos atendimentos são de pessoas com diarreia e vômito. Nas últimas duas semanas, a unidade registrou uma média diária de 115 pessoas atendidas com o problema.


Glória explicou que equipes da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) estiveram na cidade e coletaram amostra da água para saber de onde vem o problema. Também está sendo analisada amostra das fezes dos pacientes.


“Estamos em um período de praia aqui, pode ser que seja da água da praia porque nem toda vez dá [diarreia] só tomando água. A água ter contato com os olhos também pode ocasionar a virose, algumas feridas e ainda não sabemos, vamos aguardar a análise da água, vamos fazer a coleta também das fezes. Estamos em análise para saber com o que estamos lidando”, explicou.


Providências

Enquanto aguardam os resultados, as equipes de saúde fazem campanhas educativas, orientam os moradores a tomarem muita água, soro, lavarem bem as mãos e procurarem uma unidade de saúde para o atendimento. Esse, segundo Glória, é o plano A utilizado.


“Nossa principal medida que a atenção primária faz é educativa. Os agentes estão trabalhando muita ação educativa, os enfermeiros estão reunidos com os agentes e estão bem ativos nessa situação. Temos o plano A, que é a aplicação do soro, sódio e ensinando, orientando a lavar as mãos, beber muita água”, reforçou.


Mas, com o avanço do surto, a coordenadora explicou que algumas unidades estão usando o plano B do combate. Equipes da Vigilância Epidemiológica também estão indo à praia fiscalizar as barraquinhas instaladas no local.


“Temos unidades também que estão indo para o plano B, que é a atenção secundária que é o soro intravenoso”, concluiu


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