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Clubes decidem pela volta da torcida no Brasileiro já neste final de semana

A decisão teve ressalvas para a situação do Bahia e dos clubes paulistas
O conselho técnico dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro decidiu nesta terça-feira (29) pelo retorno dos torcedores ao estádio já neste final de semana, mas com ressalvas para a situação do Bahia e dos clubes paulistas.


 Como o veto ao público seguirá até domingo (3) em São Paulo, o duelo entre Santos e Fluminense, antes marcado para o mesmo dia, será realizado em uma nova data.

Palmeiras e Red Bull Bragantino, que jogarão pela 23ª rodada do Nacional em casa, atuarão com portões fechados. O time de Bragança receberá o Corinthians no sábado (2). No dia seguinte, o Palmeiras pega o Juventude, no Allianz Parque. Já o São Paulo visitará a Chapecoense neste final de semana.
Assim como o Santos, o Bahia também terá o seu compromisso pelo Brasileiro, contra o Ceará, anteriormente previsto para sábado, remarcado.
O retorno imediato dos torcedores foi acolhido por 18 das 19 equipes que participaram da reunião virtual. O Athletico é contra o retorno dos torcedores neste ano. O Flamengo, em movimento que o isola ainda mais dos demais clubes, também não participou. O clube, que teve uma liminar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e o aval da Prefeitura do Rio de Janeiro para a volta da torcida, acredita que essa não é uma decisão das equipes ou da CBF, mas das autoridades.
Entre os 20 times da Série A do Brasileiro, somente o Bahia não tem autorização do poder público para reabertura dos portões. No estado de São Paulo, o torcedor poderá voltar ao estádio a partir do dia 4 de outubro.
“A autorização de público nos estádios somente será realizada se o número de casos ativos de coronavírus voltar a cair substancialmente. Nos últimos 10 dias, os números cresceram em 40%”, escreveu o governador baiano Rui Costa (PT) em sua conta no Twitter. “No entanto, já aviso que, quando autorizarmos, será exigida a imunização completa das pessoas.”
Os governadores são os responsáveis por decidir os protocolos e a capacidade do público em seus estados.
De acordo com o protocolo em São Paulo, até o dia 14 de outubro os estádios poderão receber até 30% da sua capacidade. Depois, o limite será de 50%. A partir de 1º de novembro, a liberação será de 100%.
Para assistir às partidas nas arenas paulistas, o torcedor deverá apresentar comprovante de vacinação com as duas doses da vacina contra Covid -dose única no caso da Janssen.
Quem ainda não tiver concluído o esquema vacinal, deverá ter tomado ao menos uma dose do imunizante e apresentar um teste negativo, com validade de 48 horas para os do tipo PCR ou 24 horas para os de antígeno.
O uso de máscara é obrigatório em todos os setores do estádio.
O retorno do público na reta final da temporada poderá render alguma receita aos times, que desde de março de 2020 fecharam os portões de seus estádios e sofrem com a queda de adesão aos programas de sócio-torcedor -atrelado à facilidades na hora de adquirir ingresso.
Em 2019, a última temporada pré-pandemia, as 20 equipes mais bem colocadas no ranking da CBF arrecadaram, juntas, R$ 952 milhões com o matchday (receitas de bilheteria, sócio-torcedor, comercialização de camarotes e venda de produtos dos clubes, além de alimentos e bebidas), segundo estudo da EY.
O Flamengo, campeão Brasileiro e da Libertadores daquela temporada, embolsou R$ 175 milhões com esse tipo de receita.
Especialistas em finanças estimam que, para obter lucro com a volta do torcedor, é preciso comercializar ao menos 30% das entradas por jogo.
“A principal importância é no aspecto técnico, a torcida é uma força, embora com potencial menor [pela lotação permitida]. No aspecto financeiro, vai depender muito da capacidade de público. Mas importante é retornar devagar, com segurança”, afirma o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz.
No estado cearense, o governador Camilo Santana (PT) anunciou a permissão de até 10% do público na arena Castelão.


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