A área de exploração madeireira na Amazônia entre agosto de 2019 a julho de 2020 chegou a 464.759 hectares, segundo um levantamento inédito feito pela Rede Simex, integrada por quatro organizações de pesquisa ambiental: Imazon, Idesam, Imaflora e ICV.
O mapeamento, baseado em imagens de satélite, identificou 464 mil hectares de exploração madeireira no período, sendo mais da metade apenas em Mato Grosso. Entre as 10 cidades mais exploradas no setor, aparece Feijó, no interior do Acre, com 13.037 hectares.
Os estados com maior exploração madeireira foram Mato Grosso, segundo o Amazonas e Rondônia.
Devido aos diferentes níveis de disponibilidade de dados de autorizações de planos de manejo nos estados, os pesquisadores não puderam diferenciar a exploração madeireira autorizada da não autorizada para toda a região. Apenas Mato Grosso e Pará possuem processos de transparência que permitem essa análise, que será divulgada nos estudos detalhados para cada estado.
O peso da madeira na balança comercial
No começo deste ano, nos seis primeiros meses, a madeira e a castanha lideraram as exportações acreanas em junho e balança comercial teve superávit de US$ 4,2 milhões no mês de junho no Acre.
Os dois produtos florestais representaram mais de 43% de tudo o que o estado exportou no mês passado. Em seguida vieram os derivados de bovinos e suínos (27,3%) e o milho e a soja, que juntos representaram 19,7%.
No acumulado do ano, de janeiro a junho, a madeira e a castanha representam 51,1% de tudo o que foi exportado pelo Acre, seguido pela soja e o milho (26,4%), e pelos produtos de origem animal (bovinos e suínos) com 16,5%. Nos primeiro 6 meses do ano, o maior destinos foi o Peru com 24,4%, seguido pelos Estados Unidos com 12,2%.