A jornalista e cadeirante Naliny Arantes, 33 anos, procurou a reportagem do Ecos da Notícia para relatar algo que sempre acontece quando vai fazer compras em uma rede de supermercado, localizado na Rodovia BR 364. A jovem relata que ao terminar as compras e voltar para embarcar, motos estão estacionadas em cima da faixa que serve de indicação para embarque e desembarque de cadeirantes.
“Sempre há motos estacionadas no espaço reservado ao embarque e desembarque deste supermercado. A gente reclama para gerente, mas ele não resolve nada”.
Naliny conta que precisa aguardar que ser anunciado no rádio e a pessoa ir retirar a moto. “Infelizmente, demora, pois eu tenho que esperar a boa vontade da pessoa vir e deixar o espaço livre pra que eu possa embarcar e ir embora”, conta.
De acordo com a jornalista, o gerente diz não poder chamar a polícia ou o RBtrans, pois a pessoa tem que respeitar as placas de sinalização no estacionamento do estabelecimento. E quando ela o questionou sobre a falta de fiscalização por parte do supermercado ele se calou.
“Tanta burocracia para ser nula, pois na cidade, não há fiscalização suficiente em relação a estas vagas preferenciais. E os motoqueiros não perdem a mania de usar o espaço do embarque de cadeirantes para estacionar suas motos. Nos sentimos como se estivéssemos dando murro em ponta de faca”, lamenta.
Arantes já chegou a ligar para a polícia em outras ocasiões, mas por não irem até o local, hoje, ela não liga.
“Às vezes que liguei não foram, um jogava pro outro e assim eu ficava lá aguardado a boa vontade do condutor aparecer e tirar seu veículo”, lembra.
O funcionário público e também cadeirante, Frank Thieny Brito De Lima, 36 anos, diz que situações de desrespeito assim são constantes.
“Os condutores deveriam respeitar as leis e era pra ter fiscalização. O deficiente físico quando precisa estacionar em local prioritário passa por essa situação. Ou tem já tem veículo na vaga, geralmente de pessoa não deficiente, ou então usam a faixa que serve de referência para o cadeirante sair do carro. E não acontece só em supermercado, mas em shopping, faculdades, no centro da cidade”.
Nossa equipe entrou em contato com a gerência do supermercado e respondeu desconhecer o caso e que, para situações assim, eles têm contato direto com a RBtrans. Disse, inclusive, que já foram realizadas campanhas e que, recentemente, o estacionamento foi pintado. Frisou que a loja é adaptada para cadeirantes e a empresa possui uma política de diversidade grande.