A constatação é do 2º Relatório sobre os Alertas de Queimadas – julho a 31/agosto/2021 – do projeto Acre Queimadas, da Universidade Acre Queimadas, emitido nesta quinta-feira (2). Coordenado pela professora Sonaira Souza, do campus Floresta da Ufac, em Cruzeiro do Sul, o projeto visa o monitoramento de incêndios florestais e queimadas em todo o Acre.
Os dados gerados pelo projeto (sensoriamento remoto, atividades de campo, modelagem de probabilidade de incêndios e queimadas futuras) são compartilhados e disseminados para diferentes atores sociais, tomadores de decisão, gestores, acadêmicos e sociedade em geral, como forma de sensibilização sobre problemas, desafios e avanços científicos dos incêndios florestais e queimadas.
A seguir, os principais dados destacados pelo relatório:
· Em 2021, o Acre já ultrapassou o total de queimadas dos anos de 2009, 2011 e 2013;
· O município de Feijó lidera em queimadas com 19 mil hectares (26% do total mapeado);
· Terras da união concentram 34% do total mapeado;
· A Resex Chico Mendes ocupa 46% das queimadas ocorridas nas Unidades de Conservação;
· A qualidade do ar no Acre está fora do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) há 16 dias;
· Os municípios de Porto Walter, Plácido de Castro, Acrelândia, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Marechal Thaumaturgo e Porto Acre estiveram mais de 20 dias com a qualidade do ar fora do limite recomendado pela OMS.
Nas últimas 48 horas, o Acre registrou 220 focos de queimadas, o maior índice nesse período entre todas as unidades da federação. No ano, o total chegou a 3.933 focos, entre 1º de janeiro e 2 de agosto. O acumulado é 2% menor do que o total de ocorrências registradas no ano passado no mesmo período, quando foram detectados 4.044 focos de queimadas no estado.