“Meu objetivo é mostrar esse animal como forma de preservação e espero que gerações futuras possam presenciar esse bicho tão incrível da nossa natureza.”
De acordo com a doutora em ecologia pela Universidade de São Paulo (USP) Juliana Terra, é comum encontrar esses animais durante épocas em que as temperaturas caem. “Sempre antes ou após uma frente fria é comum que elas utilizem as horas do dia do sol para se aquecerem, já que a água nessa época fica muito frio, especialmente durante a noite”, explica.
Terra diz que o frio apenas faz com que as sucuris apareçam nos ambientes, mas que elas sempre estão ali. São animais bastante quietos, não fazem barulho, elas são muito camufladas na água com sua coloração, enfim, é muito difícil avistá-las.”
Outra explicação para a saída das serpentes do ambiente seguro do rio é o início do período reprodutivo, que ocorre entre julho e outubro. “As fêmeas acham um lugar adequado para a cópula e elas liberam feromônios. Esse feromônio atrai todos os machos da região. Então como eles estão nessa atividade, realmente aumenta a movimentação deles no ambiente e com isso a chance de poder avistá-los.”
Mas a especialista alerta que é preciso respeitar as serpentes em seu ambiente natural. “Os animais não oferecem risco algum, são muito tranquilos. O problema realmente é quando as pessoas querem importuná-las, temos que manter uma distância segura que tudo ficará ‘ok’”, explica. “Elas não são um monstro como as pessoas acham que são.”