Defesa recorreu ao STJ após TJ negar pedido de habeas corpus. No dia da sua prisão, Galo afirmou que participou do ato com objetivo de abrir o debate. Bandeirantes como Borba Gato desbravaram territórios no interior do país e capturaram e escravizaram indígenas e negros
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, revogou nesta quinta-feira (5) a prisão temporária do entregador Paulo Roberto da Silva Lima, Paulo Galo, de 32 anos, um dos três suspeitos de incendiar a estátua do Borba Gato, na Zona Sul de São Paulo. O ataque ao monumento que homenageia o bandeirante paulista ocorreu no dia 24 de julho.
Galo está preso desde o dia 28 de julho, quando se apresentou espontaneamente à delegacia e admitiu participação no protesto contra a estátua que homenageia Borba Gato. Os manifestantes decidiram atear fogo nela para abrir o debate sobre a existência do monumento.
Bandeirantes como Borba Gato desbravaram territórios no interior do país e capturaram e escravizaram indígenas e negros. Segundo historiadores, muitos mataram índios em confrontos que acabaram por dizimar etnias. Também estupraram e traficaram mulheres indígenas.
No último domingo (1º), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de liberdade para Paulo que havia sido feito por sua defesa. Segundo o desembargador Walter da Silva, da 14º Câmara do TJ-SP, não havia elementos para revogar sua prisão temporária.
Por esse motivo, os advogados do suspeito recorreram ao STJ. De acordo com eles, a decisão do TJ foi “arbitrária e ilegal, uma vez que não estão preenchidos os requisitos da prisão temporária”.
Até a última atualização desta reportagem a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não havia confirmado se o inquérito da Polícia Civil sobre o caso foi concluído e se também a investigação decidiu pedir a prisão preventiva dos suspeitos.
Após a revogação pelo STJ, o advogado de defesa de Paulo, André Lozano, afirmou que “qualquer argumento para decretação da prisão preventiva se demonstra incabível e ilegal”. Ele também é o advogado de Danilo Silva de Oliveira, o Biu, de 36 anos, outro suspeito de ter ateado fogo na estátua.
Danilo também chegou a se apresentar com Paulo à polícia, mas negou que tivesse ateado fogo no monumento. Admitiu, porém, ter ajudado a descarregar os pneus que foram queimados depois em volta da estátua.
No dia da sua prisão, Galo afirmou que participou do ato com objetivo de abrir o debate sobre o bandeirante Borba Gato.
“Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”, afirmou Paulo.
A defesa de Galo considera que a prisão foi política, “fundada da criminalização de movimentos sociais”. No pedido de habeas corpus enviado ao STJ, os advogados destacam que o ativista não possui antecedentes criminais, não praticou ações violentas e colaborou com as investigações.
Galo está preso desde o dia 28 de julho, quando se apresentou espontaneamente à delegacia e admitiu participação no protesto contra a estátua que homenageia Borba Gato. Os manifestantes decidiram atear fogo nela para abrir o debate sobre a existência do monumento.
Bandeirantes como Borba Gato desbravaram territórios no interior do país e capturaram e escravizaram indígenas e negros. Segundo historiadores, muitos mataram índios em confrontos que acabaram por dizimar etnias. Também estupraram e traficaram mulheres indígenas.
No último domingo (1º), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de liberdade para Paulo que havia sido feito por sua defesa. Segundo o desembargador Walter da Silva, da 14º Câmara do TJ-SP, não havia elementos para revogar sua prisão temporária.
Por esse motivo, os advogados do suspeito recorreram ao STJ. De acordo com eles, a decisão do TJ foi “arbitrária e ilegal, uma vez que não estão preenchidos os requisitos da prisão temporária”.
Até a última atualização desta reportagem a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não havia confirmado se o inquérito da Polícia Civil sobre o caso foi concluído e se também a investigação decidiu pedir a prisão preventiva dos suspeitos.
Após a revogação pelo STJ, o advogado de defesa de Paulo, André Lozano, afirmou que “qualquer argumento para decretação da prisão preventiva se demonstra incabível e ilegal”. Ele também é o advogado de Danilo Silva de Oliveira, o Biu, de 36 anos, outro suspeito de ter ateado fogo na estátua.
Danilo também chegou a se apresentar com Paulo à polícia, mas negou que tivesse ateado fogo no monumento. Admitiu, porém, ter ajudado a descarregar os pneus que foram queimados depois em volta da estátua.
No dia da sua prisão, Galo afirmou que participou do ato com objetivo de abrir o debate sobre o bandeirante Borba Gato.
“Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”, afirmou Paulo.
A defesa de Galo considera que a prisão foi política, “fundada da criminalização de movimentos sociais”. No pedido de habeas corpus enviado ao STJ, os advogados destacam que o ativista não possui antecedentes criminais, não praticou ações violentas e colaborou com as investigações.