A Polícia Civil deflagrou operação nesta quinta-feira (19) para colocar fim há quase 20 anos de abusos sexuais dentro da mesma família, em Três Lagoas, na região leste do estado. Até o momento, 4 pessoas foram presas pela prática de diversos estupros de vulneráveis praticados contra crianças.
Segundo a delegada, os crimes estavam sendo investigados há cerca de 3 meses, sendo que, no mês anterior, houve a prisão do primeiro suspeito, sendo que a ação não foi divulgada para preservar as investigações.
De nome Sodoma e Gomorra, a operação é da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Três e conta com apoio do Serviço de Investigações Gerais (SIG) e a 2ª Delegacia de Polícia, tendo o envolvimento de 24 investigadores e 5 delegados.
Dos 5 presos, são quatro homens e uma mulher, sendo dois deles irmãos e o terceiro é filho de um deles e o quarto é sobrinho. A mulher é a matriarca da família, uma senhora de 77 anos, que tinha conhecimento de tudo que acontecia e se omitiu, ainda conforme a polícia.
![Investigação ocorre há cerca de 3 meses em delegacia de MS e cinco pessoas foram presas até o momento — Foto: Polícia Civil/Divulgação](https://i2.wp.com/s2.glbimg.com/IW-f4F_d_sEHNXWUvDao8t_qsnQ=/0x0:1280x960/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/S/a/Opm1mhRLOE8bY7Wgd1ag/whatsapp-image-2021-08-19-at-07.20.41.jpeg?resize=648%2C486&ssl=1)
Até o momento, a polícia ressaltou que pouco mais de 10 vítimas foram identificadas, entre primas, irmãs e sobrinhas dos autores. “Com a prisão nós acreditamos que mais vítimas sejam identificadas, pois, terão coragem de denunciar”, ressaltou Gomes.
Nos autos do inquérito, conta que a primeira vítima sofreu o primeiro abuso quando tinha apenas 8 anos de idade, há mais de 17 anos. São crianças e adolescentes com idades entre 5 a 13 anos, que conviviam em um mesmo núcleo familiar e, apesar de pedirem ajuda e tentarem denunciar, foram negligenciadas e obrigadas a se calar por anos.
Ainda conforme a polícia, uma delas, quando tentou contar o que acontecia, foi espancada com uma corrente, por um dos autores, com a conivência da avó.
Agora a polícia ressalta que a investigação continua para a identificação de possíveis novas vítimas e a punição dos envolvidos. Nesta manhã (19), às 9h30 (de MS), está marcada uma coletiva na Delegacia Regional de Três Lagoas.