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Pela 3ª vez em mais de 10 anos, Rio Branco não registrou chuvas em julho e seca preocupa autoridades

Muita fumaça, baixa umidade do ar, temperaturas altas e falta de chuva. Este é o cenário da estiagem em Rio Branco nos últimos meses. O nível do rio Acre chegou a 1,62 metro na manhã desta segunda-feira (9) e a falta de chuvas há 41 dias na capital acreana preocupa as autoridades.


Dados da Defesa Civil Municipal mostram que desde de 2010, este é o terceiro ano em que o mês de julho não registrou chuva em nenhum dia. Os outros anos em que isso aconteceu foram 2011 e 2018.


“Rio Branco está há 41 dias sem chuva, para ser mais preciso a última chuva que tivemos em Rio Branco foi no dia 29 de junho e pode ficar mais grave, nós já estamos desde o dia 14 de junho em alerta máximo, que foi quando o rio baixou de 2,69 metros. Abaixo dessa cota tudo é alerta máximo”, conta. A menor cota já registrada no Rio Acre foi em setembro de 2016.


Rio Acre chegou a 1,62 metro nesta segunda-feira, 9 de agosto  — Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica Acre

Rio Acre chegou a 1,62 metro nesta segunda-feira, 9 de agosto — Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica Acre


A baixa do rio também tem ocorrido de forma rápida, segundo a Defesa Civil Estadual. O coordenador do órgão, tenente-coronel Ferreira, diz que todos os rios têm apresentado baixa, porém a capital acreana preocupa mais porque é a cidade que concentra a maior parte da população do estado.


“Há dias que o rio baixa cerca de dois centímetros por dia e é bastante preocupante. A gente torce que tenha chuvas esse mês, mas ao que tudo indica vamos ter um mês crítico com relação a chuvas”, destaca o tenente coronel.


Caixas d'água são abastecidas por carros-pipas em comunidades rurais  — Foto: Asscom/Defesa Civil

Caixas d’água são abastecidas por carros-pipas em comunidades rurais — Foto: Asscom/Defesa Civil


Carros-pipas

Para tentar amenizar a seca nas comunidades rurais, a Defesa Civil Municipal iniciou desde o final de julho o abastecimento de caixas d’água em alguns bairros da capital que não são atendidos pelo Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa).


“No final de julho, que é o abastecimento das comunidades e vamos fazer isso diariamente, inicialmente atendendo 12 comunidades, aproximadamente 12 mil pessoas, que serão atendidas pela Defesa Civil Municipal nessas comunidades que são consideradas rurais, como Transacreana, BR-364 tanto sentido Porto Velho como Sena Madureira, parte do Quixadá, diversas comunidades. Nós temos algo em torno de 50 caixas de 5 mil litros que dá 250 mil litros, mas não abastecemos todas de uma vez, é em cerca de 120 mil a 150 mil litros que fazemos diariamente nessas comunidades para ajudar nesse período de seca”, destaca o Falcão.


Queimadas

Reflexo da seca é o alastramento de incêndios, principalmente em área de vegetação. Segundo o último relatório da sala de monitoramento, o Acre já tinha registrado 875 focos de queimadas de janeiro a 4 de agosto. Sendo que só nos quatro primeiros dias de agosto, foram 347 queimadas registradas, sendo que 66 foram nas cidades acreanas. Porém, quem lidera esse ranking é Feijó e Tarauacá, com 90 e 70 focos respectivamente.


Muita seca e poeira são registradas no Acre  — Foto: Paulo Roberto Parente/Arquivo pessoal

Muita seca e poeira são registradas no Acre — Foto: Paulo Roberto Parente/Arquivo pessoal


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