Morador de rua ameaça concursados que estão acampados na Aleac e confusão acaba com um ferido

Um dos aprovados no cadastro de reserva da Polícia Militar acabou ferido com arranhões nas pernas, na madrugada deste domingo (8), após tentar desarmar um morador de rua que estava com um canivete ameaçando o grupo, que está acampado em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).


Um dos homens que está acampado caiu e feriu as pernas ao tentar desarmar o morador de rua que estava com canivete e já tinha se ferido. — Foto: Arquivo pessoal


O grupo está acampado em frente a Aleac desde o dia 2 deste mês. O ato ocorre após a convocação de mais de 200 aprovados no cadastro de reserva da PM e pelo menos 250 ficaram de fora, por isso decidiram protestar para pressionar o governo pela convocação, já que a promessa tinha sido de que todos seriam aproveitados.


Há quase uma semana no local, durante esta madrugada, um morador de rua sob efeito de álcool chegou armado com um canivete e alterado ameaçava o grupo.


“Passou um andarilho de rua aqui meio alterado e parou aqui na frente, em determinado momento, ele puxou um canivete e se cortou sozinho, ficou sangrando aqui na frente”, contou Isac Mendes.


Com o ato dele e temendo uma investida, um membro do acampamento tentou desarmar o homem, foi quando caiu e acabou se machucando. Eles contaram com apoio da Polícia Legislativa que acionou a Polícia Militar e levou o morador de rua.


“Ele não chegou a ferir nenhum de nós, mas, a gente tomou a iniciativa mais repressiva depois que ele se cortou e derramou bastante sangue e fizemos uma frente para ele sair. Tinha o risco de vir para cima da gente, então, um dos integrantes nossos machucou as pernas tentando segurar o usuário de drogas e está com as pernas machucadas porque tentou tirar o canivete dele”, acrescentou.


O grupo conseguiu desarmar o homem e manteve ele contido até a chegada da PM.


Convocação

Em março, foram convocadas 200 pessoas, sendo 160 vagas preenchidas por candidatos homens e as outras 40 por mulheres. Na época, com medo de perder o prazo, os candidatos acamparam em frente da Aleac e passaram seis dias em frente ao legislativo para cobrar do governo a convocação dos aprovados no cadastro de reserva da Polícia Militar. Os concursados suspenderam o ato após uma conversa com o governador, que prometeu a convocação.


O concurso da PM-AC foi lançado em março de 2017, com 250 vagas para o cargo de soldado combatente no nível médio e técnico.


A convocação dos aprovados de forma imediata foi uma das promessas de governo durante a campanha eleitoral do governador.


Na semana passado, o governo emitiu uma nota informando que tem buscado alternativas para melhorar a segurança pública estadual, não somente com estrutura física, viaturas, armas e equipamentos, mas também com equipe tecnicamente preparada para o desempenho da função de zelar desde às fronteiras acreanas às cidades do estado.


O governo reforçou também que as nomeações só podem ocorrer para reposição de vacâncias ocorridas na carreira de praças da Polícia Militar em virtude das limitações legais impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


“Não obstante, acaso se constate existir saldo orçamentário e financeiro após a reposição das vacâncias na PM-AC, o governo do estado do Acre tem a intenção de aproveitar 125 candidatos do cadastro de reserva do concurso da PM-AC para reposição de vacâncias ocorridas no Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CB-MAC), onde há urgente demanda para o quadro de praças deste órgão”, diz o documento.


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