Mecânico que matou mulher e jogou corpo em vala lavou carro e oficina cheia de sangue após crime, diz perícia

Exame minucioso com luminol foi feito na noite dessa quarta-feira (11), dois dias após o suspeito ter a prisão preventiva decretada pelo feminicídio contra a esposa Elisiane da Silva Alves, de 40 anos.

A perícia criminal na oficina e também no carro do mecânico Edílson Ramo da Silva, em Chapadão do Sul, a 333 quilômetros de Campo Grande, apontou que ambos estavam cheios de sangue e foram lavados pelo suspeito.


Exame minucioso com luminol foi feito na noite dessa quarta-feira (11), dois dias após ele ter a prisão preventiva decretada pelo feminicídio contra a esposa Elisiane da Silva Alves, de 40 anos.


Segundo o delegado Felipe Potter, responsável pelas investigações, a perícia apontou que a vítima foi colocada no porta-malas do carro e o sangue também foi encontrado na oficina onde, segundo a investigação, é o local onde o mecânico e a vítima estavam “ingerindo bebida alcoólica por último”.


A perícia criminal também esteve no local onde o mecânico alegou que outra pessoa teria assassinado a vítima e não localizou sangue.


Elisiane foi encontrada morta após 4 dias desaparecida — Foto: Redes sociais
Elisiane foi encontrada morta após 4 dias desaparecida — Foto: Redes sociais

“É uma pessoa agressiva”, disse juiz

O suspeito passou por audiência de custódia no início da semana e teve a prisão preventiva decretada. Ao justificar a decisão, o juiz Silvio Cezar do Prado ressaltou que o crime “teve grande repercussão social e que o indiciado não possuía qualquer intenção de se entregar por sua conduta criminosa”


Além disso, Prado falou que Edílson é “uma pessoa agressiva, tendo outros processos por violência doméstica, de modo que poderá agir com violência contra as testemunhas, prejudicando a instrução criminal”.


Edílson está preso desde quinta-feira (5), quando contou à polícia que a esposa havia sido morta a pauladas por uma outra pessoa e ele, obrigado, levou o corpo até a área rural e enterrou na vala de uma lavoura. No entanto, a polícia não acreditou na versão.


Entenda o caso

Elisiane foi vista pela última vez no dia 1º de agosto e encontrada morta na noite de quinta-feira (5), na vala da lavoura de uma fazenda de Chapadão do Sul, região noroeste do estado. O marido dela, José Edílson Ramo da Silva, foi preso por feminicídio e ocultação de cadáver, mas, nega o crime.


Foi uma amiga de Elisiane quem avisou a polícia sobre o desaparecimento. Disse que ela havia sido vista pela última vez bebendo cerveja com o marido e que este estava falando versões diferentes sobre o sumiço da esposa.


A Polícia Civil passou a investigar o caso e amigos a divulgar fotos da mulher nas redes sociais, procurando por ela. Os policiais verificaram que Edílson tinha passagens por violência doméstica contra antigas companheiras e havia relatos também de agressividade com Elisiane. Eles estranharam ainda o fato dele não ter comunicado o desaparecimento da esposa.


Local onde o corpo de Elisiane foi encontrado — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
Local onde o corpo de Elisiane foi encontrado — Foto: Polícia Civil/ Divulgação

A polícia ouviu algumas pessoas para tentar localizar Elisiane, entre elas a irmã do mecânico. Essa contou que no dia 4, o irmão a havia procurado e “transtornado” disse que havia feito algo errado. “Mas não vou me entregar”, complementou.


Os policiais encontraram Edílson no momento em que ele saía da casa de um amigo, porém, ele correu, desobedeceu ordens de parada e tentou se esconder no imóvel.


No entanto, foi levado para a delegacia de Polícia Civil e lá contou que estava bebendo com a esposa na casa do patrão, mas ela foi embora e não foi mais vista.


Questionado sobre não ter avisado a polícia do sumiço de Elisiane, disse que não fez porque a amiga já havia feito. Ele foi liberado, porém, fez ameaças à irmã e disse que “tinha culpa no que aconteceu”.


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