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Maternidade no interior do Acre pode sofrer interdição ética pelo CRM

A maternidade do município de Feijó, que funciona em um anexo do hospital geral da cidade do interior do Acre, pode sofre interdição ética. A informação foi repassada pelo Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), nesta quinta-feira (19).


O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e aguarda posicionamento.


De acordo com o órgão, foi dado um prazo para que sérios problemas encontrados no local fossem sanados, mas, a situação persiste na unidade de saúde. A fiscalização ocorreu em junho deste ano, após uma denúncia do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC). Na ação, várias irregularidades foram encontradas, inclusive estruturais, além de problemas na escala de médicos.


O CRM informou que na época em que as irregularidades foram achadas membros do órgão chegaram a se reunir com vereadores do município, que pediram apoio para que a situação fosse resolvida.


A diretoria da autarquia, então, agendou uma reunião com a Sesacre e o Ministério Público para repassar a situação e tentar buscar uma forma de acelerar a resolução dos problemas, mas, ainda de acordo com o órgão, nenhum dos órgãos compareceu. O G1 entrou em contato com o MP, por meio da assessoria e aguarda retorno.


O Conselho, então, afirma que enviou um relatório da ação que realizou na maternidade à época para a Sesacre e deu prazo de 30 dias para que a situação fosse corrigida.


Irregularidades

Na época da fiscalização foram achadas várias irregularidades, entre elas: falta de médicos plantonistas e especialistas, inclusive ginecologista, pediatra e anestesista; dificuldade para transferência de pacientes por não possuir médicos suficientes e por conta da ambulância que estava quebrada; problemas na estrutura física da unidade, como falta de iluminação adequada no centro cirúrgico.


Outro problema encontrado foi que embora a maternidade tenha um aparelho de ultrassonografia, o exame não era feito por falta de profissional. Os profissionais relataram que o médico plantonista na unidade seria responsável por vários atendimentos como de consulta ambulatorial de toda demanda espontânea, inclusive ambulatório Covid-19, urgência e emergência adulto e pediátrico, internações, visitas de pacientes internados nas enfermarias e maternidade, ala Covid-19, regulação de pacientes, transporte de paciente com o Samu em casos graves que seja necessário o acompanhamento médico.


O médico também seria responsável por auxiliar no centro cirúrgico, internação de pacientes grávidas para assistência ao parto, atenção ao parto, visita médica na puérpera e RN, além de todas as intercorrências do hospital e da maternidade.


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