Depois de mais de 24 horas e de usar mais de 286 mil litros de água, as equipes do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Meio Ambiente de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, conseguiram controlar o fogo que atinge o lixão da cidade desde a noite de terça-feira (24). Porém, fazem monitoramento para conter pequenos focos.
“Ontem [quarta, 24], passamos o dia todo lá e saímos já hoje, por volta de 1h30 da madrugada e a principal parte a gente já controlou. Mas, ainda tem alguns focos remanescentes e a equipe continua lá, hoje, para ir combatendo estes focos, de algum ponto que ficou subterrâneo e que vai queimando devagar e depois reaparece”, afirma o comandante dos Bombeiros na cidade, Josadac Cavalcante.
O comandante diz que está sendo empregada uma logística grande por ser um incêndio que se propaga, tanto em superfície como em profundidade, e dificulta alcançar materiais que estão em combustão a três metros de profundidade.
O trabalho é feito com uso de retroescavadeira, ao mesmo tempo que vão molhando e separando.
“Montamos uma força tarefa usando as máquinas da secretaria de obra municipal, meio ambiente e Corpo de Bombeiros. Ao todo são 16 pessoas trabalhando entre bombeiros e servidores da prefeitura, mais cinco caminhões e até 286 mil litros de água”, acrescentou.
Prejuízo
O secretário de Meio Ambiente de Cruzeiro do Sul, Ygoor Neves, disse que os principais danos são ao meio ambiente, por causa da fumaça que também prejudica a saúde das pessoas.
“Os danos, infelizmente, são para o meio ambiente de muita fumaça que foi emitida e prejudica a respiração da população. A gente ainda não sabe a causa, se houve algum dolo, ou se começou por alguma fagulha, mas ali é algo muito fácil de ocorrer incêndio, muito metano”, diz.
As ações de vistoria continuam no local, para evitar que possíveis focos voltem a aumentar as chamas.
“São mais de 2,4 mil metros cúbicos de lixo que foi alvo de incêndio, mas conseguimos controlar. Infelizmente Cruzeiro do Sul ainda está na modalidade lixão, mas a gente está trabalhando para a implementação de um aterro sanitário”, conclui.