Imagens mostram impacto de queimadas dentro de área de proteção ambiental em Rio Branco

Fotos tiradas pelo cineasta Tiago Melo nessa quarta-feira (4) mostram o impacto das queimadas dentro da Área de Proteção Ambiental Raimundo Irineu Serra (Aparis), em Rio Branco. Inclusive, a área queimada fica bem próxima de uma aviso de que a ação é crime ambiental.


O órgão gestor da unidade é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), que alega que a responsabilidade das queimadas desse território é dos próprios moradores da área.


Em 2013, quando o prefeito de Rio Branco ainda era Marcus Alexandre, a prefeitura chegou a inaugurar o escritório técnico da Aparis. O objetivo era acompanhar de perto a comunidade e prestar serviços de informação, destacando, principalmente o papel da unidade de conservação.


Porém, a atual gestão municipal alega que essa sede foi extinta ainda na gestão passada, em meados de 2019 a 2020, e atualmente a Semeia não tem escritório dentro da unidade.


Aviso próximo da área queimada alerta que ação é crime ambiental   — Foto: Tiago Melo/Arquivo pessoal

Aviso próximo da área queimada alerta que ação é crime ambiental — Foto: Tiago Melo/Arquivo pessoal


O secretário de Meio Ambiente de Rio Branco, Normando Sales, diz que atualmente a fiscalização ocorre de forma pontual, quando há indícios de crime ambiental.


“Nossa fiscalização não tem cunho de inibir, ela identifica e encaminha, no caso de queimadas urbanas, a gente referencia e encaminha para os bombeiros ou batalhão ambiental e, se comprovado que há crime ambiental, a gente encaminha para o Ministério Público” diz.


Ele completa dizendo que a comunidade, em questão territorial, é gerida por uma associação formada por moradores antigos das áreas e que a Semeia não tem governabilidade de atuar nas questões territoriais da APA.


“A APA Irineu Serra é a unidade de conservação do ponto de vista para garantias legais constitucionais para a preservação daquele microbioma, que é de mais de 900 hectares. Só que quem gere a APA é uma associação de moradores e são esses moradores que fazem a gestão da unidade quando falamos em questão territorial”, destaca.


Sales disse ainda que há quatro meses a gestão do prefeito Tião Bocalom tenta retomar a sede da Semeia, mas tem encontrado problemas na hora de alugar um local.


“Existe uma determinação para retomarmos a sede http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa dentro do bairro, até conseguimos, mas o dono da terra não tem o documento da área, então, não podemos alugar. Inclusive, isso é um problema muito comum, de pessoas que se dizem donas das terras, mas não têm os documentos”, finaliza.


Queimadas no Acre

O relatório de monitoramento da Secretaria de Meio Ambiente do Acre aponta que desde o início do ano até quarta-feira (4), o estado registrou 875 focos. Os municípios de Feijó (164) e Tarauacá (143) foram os que apresentaram o maior número de focos acumulados no período.


Só neste mês de agosto, foram 347 focos de queimadas. Rio Branco acumula 66 ocorrências deste total.


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
posto village ezgif.com gif to avif converter

Últimas Notícias