A Polícia Civil do Ceará (PCCE) descobriu as irregularidades no estabelecimento a partir de um bilhete escrito por uma das vítimas em que dizia sofrer abuso sexual pelo responsável da casa de repouso. A mensagem chegou até a irmã da vítima que procurou a delegacia.
Os policiais recomendaram que a mulher retirasse a irmã do local e levasse para prestar depoimento, o que motivou um pedido de prisão preventiva contra Fábio. Na clínica, que funcionava há 6 anos, os agentes encontraram 33 mulheres, com idades entre 30 a 90 anos.
Segundo a polícia, todas elas estavam aprisionadas em celas e sem condições sanitárias.
O local não tinha nenhuma condição de funcionamento. Constatamos que essas mulheres estavam em condições subumanas e imediatamente acionamos o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), Centro de Referência da Mulher do Crato (CRM) e Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para o acompanhamento dessas vítimas – relata a delegada Kamila Brito, titular da DDM-Crato.

Em depoimento, Fábio negou as acusações. Ele ainda afirmou que as celas eram trancadas apenas durante a noite para garantir a segurança das mulheres. No entanto, a investigação aponta que as vítimas, em situação de debilidade, eram proibidas de sair do local.
Segundo a delegada, há indícios ainda de que algumas mulheres sofriam agressões físicas em determinadas ocasiões. A investigação deve apurar também se o dono da clínica dava remédios sem orientação médica.
Além de cumprir um mandado de prisão preventiva, Fabio foi autuado em flagrante pelos crimes de maus-tratos e cárcere privado. Ainda será investigado uma possível apropriação indevida de benefícios das vítimas e lesões.

Em depoimento, Fábio negou as acusações. Ele ainda afirmou que as celas eram trancadas apenas durante a noite para garantir a segurança das mulheres. No entanto, a investigação aponta que as vítimas, em situação de debilidade, eram proibidas de sair do local.

Em depoimento, Fábio negou as acusações. Ele ainda afirmou que as celas eram trancadas apenas durante a noite para garantir a segurança das mulheres. No entanto, a investigação aponta que as vítimas, em situação de debilidade, eram proibidas de sair do local.