A estrutura interna dá mostras do problema. Além das paredes com infiltrações e fungos presentes no interior do hospital, o pedido de material de higiene pessoal para os pacientes, mostra que o Ponto Socorro de Rio Branco não dispõe sequer de fraldas geriátricas.
A falta se estende ao número de leitos. Vários pacientes estão em macas nos corredores e por falta de leitos, doentes no soro, em cadeiras. Faltam ainda medicamentos e seringas. Funcionários confirmaram que as seringas mais grossas de 10 e 20 ml estão em falta, e por isso estão sendo usadas as mais finas que matratam os pacientes por ser necessário fazer várias perfurações.
O Vereador Adailton Cruz (PSB), que é funcionário da Saúde e continua dando plantão, confirma que no Pronto Socorro a situação é de caos, com emergência lotada e pacientes nos corredores, mas afirma que o problema não é só no Huerb. Na maternidade, segundo ele, faltam também luvas, seringas, ataduras e gaze, tanto quanto no Pronto Socorro: “Já fizemos vários pedidos e a Sesacre não deu resposta de quando vai normalizar. A orientação que estamos dando aos trabalhadores é suspender as atividades se continuar essa situação sem condições”.
Parente de uma paciente gravou o vídeo abaixo para mostrar as más condições do Pronto Socorro. Esta não é a primeira vez que parentes se indignam com as más condições do Pronto Socorro de Rio Branco. Em junho, outro parente de paciente gravou um vídeo também mostrando pacientes em macas nos corredores e as janelas abertas nas enfermarias pela falta de ar condicionado. Ele também denunciou que no dia anterior à gravação uma cirurgia deixou de ser feita porque faltava maqueiro para transportar o paciente para a sala de cirurgia e informou que as cirurgias no Pronto Socorro demoram de 10 a 30 dias. Veja Aqui
Em julho. uma vítima de acidente chegou ao Pronto Socorro com fratura exposta e foi levado para a sala de cirurgia, mas só foi operado mais de duas horas depois por causa da burocracia interna relativa às terceirizações.O anestesista do Pronto Socorro foi impedido de atuar por causa da terceirização dos serviços para a INAO, por R$ 9 milhões. Apenas o anestesista da INAO poderia atuar. O profissional em questão não se encontrava no hospital e a equipe de cirurgia teve que aguardar na sala de cirurgia a chegada dele.