Em emendas entregues no projeto que altera o Bolsa Família, congressistas sugeriram o reajuste do benefício para R$ 1.200, mais que o dobro dos R$ 500 pretendidos pelo presidente Jair Bolsonaro. A proposta foi feita pela deputada Rejane Dias (PT-PI).
A proposta, no entanto, deve ser barrada na Câmara dos Deputados, pois, segundo o Ministério da Economia, o valor ultrapassaria os limites dos cofres públicos e o governo poderia ser penalizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O texto ainda pretende aumentar o número de beneficiários, mas não há a confirmação de onde a verba para o pagamento do programa será tirada.
A proposta que altera o Bolsa Família foi entregue pelo Palácio do Planalto na última semana e deve ser discutido no Congresso Nacional até novembro. Na matéria, entretanto, o governo não estipulou o novo valor do benefício, embora o presidente Jair Bolsonaro tenha anunciado o reajuste para R$ 400 e, em seguida, R$ 500 do benefício. Segundo o ministro da Cidadania, João Roma, o valor exato do Auxílio Brasil será definido em setembro, após a entrega da Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso.
O reajuste do Bolsa Família é uma tentativa do Planalto em aumentar a popularidade de Bolsonaro às vésperas das eleições de 2022. A proposta prevê aumento no valor médio das parcelas, que gira em R$ 190 atualmente, e na quantidade de beneficiários. O programa também terá seu nome alterado para Auxílio Brasil, em alusão ao auxílio emergencial que deverá ser encerrado em novembro.