Após dois meses, a Secretaria de Educação e Esporte do Acre (SEE-AC) oficializou o afastamento preventivo do professor de religião Vanderley Viana de Lima, de 67 anos, envolvido em uma polêmica no final do mês de junho após mandar um nudes em um grupo de alunos do 7º ano da Escola Anthero Soares Bezerra, em Xapuri, interior do Acre.
Os alunos foram surpreendidos no dia 25 de junho com uma foto do pênis no grupo da escola no WhatsApp. Nenhuma mensagem foi enviada depois da imagem. No grupo estão alunos de 13 a 15 anos.
Na época, o professor falou para o G1 que cometeu um erro e que a foto era para ser enviada a uma namorada. Ele disse que depois do episódio apagou a foto e falou que se desculpou com os alunos, pais e também a direção da escola.
A portaria de afastamento do servidor foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (17). A publicação destaca que o professor também está proibido, pelo prazo de 60 dias, de frequentar o ambiente escolar e ter contato com qualquer aluno.
As medidas são em decorrência do processo http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo disciplinar aberto para investigar a conduta do servidor. Vanderley Lima é bastante conhecido na cidade, além de ser ex-prefeito e pastor, ele sempre concorre a cargos políticos.
A última tentativa foi ainda no ano passado, quando saiu candidato a vereador pelo MDB, mas não foi eleito.
Ao G1, nesta terça, o professor disse que já foi notificado do portaria e que estava afastado do cargo desde a época do episódio. “Não fui mais na escola, a portaria foi só para oficializar. Fui notificado e tomei ciência da portaria. Estou aguardando”, resumiu.
Professor de religião mandou a foto no grupo dos alunos no final de junho — Foto: Reprodução
Inquérito arquivado
A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. O delegado responsável pelas investigações, Gustavo Neves, disse que ouviu o professor, analisou o telefone dele e concluiu que, na verdade, o professor se equivocou ao mandar a foto.
Com isso, o processo foi enviado ao Ministério Público do Estado (MP-AC) pedindo o arquivamento. “Ouvi ele, entregou o celular, efetuei as pesquisas e vi que, na verdade, se trata de uma pessoa de idade que queria enviar a foto para uma pessoa, acabou se equivocando e enviando no grupo. Não tem nenhum tipo de intimidade com o recurso tecnológico, pediu desculpas e entendi que não houve crime”, destacou.